Durante solenidade na Casa Civil, o chefe do executivo local criticou a decisão tomada pelo Ministério da Saúde ao suspender a imunização de adolescentes
Durante solenidade na Casa Civil, na manhã desta terça-feira (21/9), o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), criticou decisão tomada pelo Ministério da Saúde, na última semana, ao suspender a imunização de adolescentes. O chefe do executivo local disse que planeja ampliar o público alvo da campanha de imunização contra a covid-19 no DF. A ideia é que, até o final da semana, com a chegada de novas doses, os adolescentes de 12 anos comecem a ser contemplados com a primeira dose.
“Estamos avançando, hoje, na vacinação das pessoas de 13 anos e iniciando a vacinação daqueles idosos que estão em asilos no DF. A gente espera, mais pro final da semana, chegando mais doses, vacinar o público de 12 anos e avançar na vacinação das pessoas com antecipação da dose que estava prevista até o dia 27 de outubro, antecipando para agora, para que tenhamos a imunização completa de todo o DF”, disse Ibaneis.
Para o chefe do executivo, a nota do Ministério da Saúde enviada às unidades da Federação e municípios, na noite da última quarta-feira (15/9), não teve embasamento. O texto orientava a suspensão do atendimento ao público adolescente sem comorbidades. “A posição do Ministério (da Saúde) não veio amparada de estudos técnicos. A Sociedade Brasileira de Infectologia, e a própria Anvisa, se posicionaram favoravelmente à continuidade da vacinação, e nós seguimos essa recomendação”, ressaltou.
Liberações
Ibaneis Rocha comentou, ainda, sobre a decisão divulgada na manhã desta terça-feira (21/9), que libera shows no DF. De acordo com o chefe do executivo local, as regras são aquelas já divulgadas. “A vacinação (completa), ou apresentação do teste PCR, 50% de público e manter o distanciamento. Não poderá haver shows com pistas de danças ou coisas do tipo. Deverá ser aqueles em que as pessoas fiquem sentadas em ambientes que mantenham o distanciamento”, disse.
A decisão foi condicionada à ampliação dos hospitais de campanha na capital federal. “São aqueles hospitais que estavam no Tribunal de Contas da União (TCU). Foi feita a resposta ao tribunal, a gente aguarda a liberação pra contratação de leitos porque nós temos que caminhar com segurança para que a população tenha um retorno à vida dentro da normalidade, sem colocar em risco a saúde”, disse.
O governador explicou que a decisão visa a volta da normalidade na capital federal. “O motivo dessa medida é porque precisamos, de algum modo, principalmente agora, com a vacinação, tentar retomar a normalidade. É uma medida que já vem sendo tomada em outros estados, e que eu entendo que, pelo momento do DF, em que temos uma quantidade de leitos razoável, e um elevado número de pessoas vacinadas, que podemos avançar um pouco mais no sentido da normalidade”, afirmou.