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quinta-feira, 21/11/2024
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Google, Facebook e Microsoft vivem mau momento no mercado de ações: o que está acontecendo com as ‘big techs’?

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Analistas culpam queda nas vendas, com o declínio da pandemia, e a situação econômica dos EUA. Google e Microsoft vão reduzir contratações. Zuckerberg segue defendendo o metaverso.

Analistas culpam queda nas vendas, com o declínio da pandemia, e a situação econômica dos EUA. Google e Microsoft vão reduzir contratações. Zuckerberg segue defendendo o metaverso.

As “big techs” voltaram a decepcionar o mercado de ações nesta semana, ao divulgarem seus resultados do trimestre anterior. Os principais pontos que desapontaram investidores foram os seguintes:

  • a receita da Alphabet, dona do Google teve o menor crescimento desde 2013.
  • o lucro da Meta, controladora de Facebook, Instagram e WhatsApp, caiu pela metade em relação ao mesmo período do ano anterior.
  • a Microsoft até conseguiu um faturamento acima do esperado pelo mercado, puxada pelo segmento de computação em nuvem, mas teve queda na receita com instalações do Windows.

Segundo dados da Forbes da manhã da última quinta-feira (27), as ações da dona do Google acumulam queda de 36% no ano. As da Microsoft, 32%. E as da Meta, 71% — com isso, o “chefão” Mark Zuckerberg perdeu mais de US$ 100 bilhões em 1 ano e despencou nas listas de bilionários.

Perdas das ‘big techs’ no acumulado de 2022

performance perda no valor de mercado (US$)
Meta -71% 640 bi
Netflix -50% 70 bi
Tesla -44% 550 bi
Alphabet -36% 700 bi
Amazon -34% 590 bi
Microsoft -32% 810 bi
Apple -20% 580 bi

A Microsoft foi quem mais perdeu em valor de mercado até agora, “derretendo” US$ 810 bilhões, seguida pela Alphabet (US$ 700 bilhões), ainda de acordo com a Forbes.

E não termina ali: Amazon, Apple, Netflix e a fabricante de carros elétricos Tesla, de Elon Musk, também acumulam baixas.

Afinal, o que está acontecendo com as empresas de tecnologia, que viveram tantos anos de glória na bolsa americana? Analistas veem uma combinação de menos vendas, com o declínio da pandemia, e menos anúncios, dada a atual situação econômica dos Estados Unidos. Saiba mais abaixo.

Menos vendas

Especialistas no mercado de tecnologia avaliam que, durante a pandemia — quando muita gente dependeu do celular e de notebooks para estudar, trabalhar e até manter um mínimo de vida social — as “big techs” experimentaram um crescimento que não é sustentável agora.

Isso explicaria, por exemplo, a queda na receita da Microsoft com instalações do Windows entre julho e setembro, já que as vendas de computadores também recuaram.

“Foram vendidos tantos PCs nos últimos dois anos que agora não existe demanda. Além disso, as contratações estão congeladas, então as empresas não precisam de novos computadores”, disse Mikako Kitagawa, analista da consultoria de marketing Gartner, ao New York Times.

 

Isolamento na pandemia fez vendas de computadores dispararem — Foto: Anete Lusina/Pexels

Isolamento na pandemia fez vendas de computadores dispararem — Foto: Anete Lusina/Pexels

A Microsoft, dona do console Xbox, chegou a registrar receita menor até na área de videogames, no trimestre anterior.

Até os resultados com o serviço de computação em nuvem da empresa, apesar de seguirem positivos, cresceram em um ritmo menos acelerado no 3º trimestre na comparação com o começo do ano na plataforma Azure, voltada ao público em geral.

O mesmo aconteceu com o Google Cloud e é esperado que seja reportado também pela Amazon.

Por outro lado, a Apple divulgou nesta quinta-feira (27) crescimento acima do esperado pelo mercado na receita e no lucro no último trimestre do seu ano fiscal (que também equivale ao período entre julho e setembro), graças ao aumento de 9% nas vendas do iPhone.

A nova versão foi lançada no fim do mês passado e deverá mostrar sua força somente nos resultados do próximo trimestre.

Apesar de não divulgar previsões desde 2020, a fabricante de smartphones reconhece que haverá uma desaceleração na receita até o fim deste ano, sobretudo nas vendas do computador Mac e de serviços.

Menos anúncios

Outro ponto sensível para os investidores tem sido a queda na receita com propaganda, relatada pelo Google e pela Meta no último trimestre e pela Microsoft, especialmente com a rede LinkedIn, em julho.

Anúncios são o principal negócio do Google, daí o mau humor do mercado. No 3º trimestre, a empresa teve um leve crescimento de receitas com publicidade, mas aquelas vindas de propaganda no YouTube caíram 2%, enquanto o mercado esperava que uma leve alta.

YouTube vai exibir conteúdo educando usuários sobre fake news — Foto: Tom Gerken / BBC News
YouTube vai exibir conteúdo educando usuários sobre fake news — Foto: Tom Gerken / BBC News.

A explicação dos analistas, neste caso, é que o cenário de inflação e o aumento das taxas de juros nos EUA têm levado muitos anunciantes a revisar seu orçamento de marketing para baixo.

O que dizem – e preveem – as empresas

“Foi um trimestre difícil para a publicidade digital. Os ventos macroeconômicos contrários foram suficientemente fortes para que o Google diminuísse as contratações para aumentar os seus lucros”, resumiu Evelyn Mitchell, analista da Insider Intelligence, para a agência France Presse.

A Alphabet abriu 11.765 vagas entre julho e setembro, e agora tem cerca de 187.000 funcionários contra 156.500 no fim do ano passado.

A Apple também mencionou que vai reduzir o ritmo de abertura de vagas, assim como a Microsoft .

Na última terça (25), o site Axios reportou que a dona do Windows demitiu cerca de 1.000 funcionários nesta semana, citando uma fonte. Isso seria o equivalente a menos de 1% dos 221 mil funcionários da dona do Windows. A empresa não confirmou os cortes.

A Microsoft prevê que sua receita com vendas no setor da computação pessoal poderá cair mais de 30% no fim do ano.

Apesar disso, analistas do banco Goldman Sachs disseram ver potencial para que esse segmento volte a crescer e que as empresas tendem a dar previsões mais rigorosas num cenário desafiador para a economia. O Morgan Stanley também se diz otimista com a Microsoft.

A Apple também mencionou que vai reduzir o ritmo de abertura de vagas, assim como a Microsoft .

Na última terça (25), o site Axios reportou que a dona do Windows demitiu cerca de 1.000 funcionários nesta semana, citando uma fonte. Isso seria o equivalente a menos de 1% dos 221 mil funcionários da dona do Windows. A empresa não confirmou os cortes.

A Microsoft prevê que sua receita com vendas no setor da computação pessoal poderá cair mais de 30% no fim do ano.

Apesar disso, analistas do banco Goldman Sachs disseram ver potencial para que esse segmento volte a crescer e que as empresas tendem a dar previsões mais rigorosas num cenário desafiador para a economia. O Morgan Stanley também se diz otimista com a Microsoft.

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