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sábado, 23/08/2025

Golpista usava falso perfil como garota de programa para enganar vítimas pelo medo do PCC

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A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) revelou detalhes sobre a operação que desmantelou uma quadrilha de golpes virtuais focados em homens que buscavam serviços de prostituição online.

Os criminosos se apresentavam como membros do Primeiro Comando da Capital (PCC) e utilizavam um perfil falso de garota de programa para atrair e amedrontar os alvos. Na realidade, a mulher que interpretava a suposta prostituta era proprietária de um salão de beleza.

De acordo com a 15ª Delegacia de Polícia (Ceilândia Centro), os envolvidos agiam com frieza e muita estratégia. Após a publicação de anúncios falsos em sites de encontros, a mulher fazia o primeiro contato e enviava mensagens de áudio gravadas para parecer mais convincente.

Nessas mensagens, a golpista, Ketlin Tatiele Santana Amaral, 23 anos, informava que antes do encontro era obrigatório o pagamento antecipado de uma taxa de R$ 100 para manutenção do quarto, incluindo despesas com roupa de cama, limpeza e itens descartáveis. O discurso era sedutor, mas firme: sem o pagamento, o atendimento não ocorreria.

Após a transferência do valor, o grupo assumia a comunicação e se apresentava como traficantes do PCC, exigindo mais dinheiro sob ameaças severas, alegando que o cliente teria desrespeitado as regras da organização criminosa.

O uso do nome do PCC servia para amedrontar ainda mais as vítimas. Mesmo sem ligação real com a facção, os golpistas exploravam o temor das pessoas de terem suas vidas expostas ou sofrerem represálias, levando muitos a continuar pagando para evitar problemas maiores.

O delegado-chefe da 15ª DP, João de Ataliba, explicou que “a vergonha era a principal arma dos criminosos, que manipulavam o psicológico das vítimas para mantê-las em silêncio”.

A operação, chamada Falso Anúncio, contou com apoio da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) e cumpriu cinco mandados de prisão temporária e cinco de busca e apreensão, autorizados pela Justiça Criminal do DF.

As investigações começaram em fevereiro deste ano, após um homem de 31 anos ter sido alvo do golpe em um site de acompanhantes.

Na ação, foram apreendidos celulares e computadores para análise, visando localizar conversas, áudios e identificar possíveis outras vítimas. O grupo atuava em estados diferentes, ampliando sua rede criminosa pela internet.

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