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quarta-feira, 19/11/2025




Golpista que limpava contas de trabalhadores é presa no DF

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Em Brasília

Conhecida no meio das fraudes digitais como Anna Karolina e Silva, 37 anos, ela foi detida preventivamente pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) por liderar uma das maiores fraudes bancárias recentes no Brasil. Centenas de trabalhadores tiveram suas contas bancárias esvaziadas por essa criminosa e seus cúmplices.

Sem emprego formal ou profissão declarada, Anna Karolina mantinha em sua conta mais de R$ 100 mil, valor totalmente incompatível com sua condição socioeconômica.

A captura aconteceu na etapa final da Operação Liveness, realizada na manhã de terça-feira (18/11) pela Divisão de Análise de Crimes Virtuais (DCV/CORF). A operação desmantelou uma organização interestadual sofisticada que falsificava biometrias, invadia contas e lavava grandes quantias de dinheiro.

Perfil criminoso

A investigação aponta que Anna Karolina enfrenta diversas acusações, tais como:

  • Participação em organização criminosa
  • Furto com fraude eletrônica (16 vezes, de forma continuada)
  • Tentativa de furto com fraude eletrônica
  • Falsidade ideológica e uso de documentos falsos
  • Lavagem de dinheiro (12 vezes, de forma continuada)
  • Ameaça e coação durante o processo
  • Falsa comunicação de crime (três registros falsos para encobrir fraudes)

Medidas judiciais e investigação

Os crimes cometidos indicam o papel de liderança da suspeita. Foram cumpridos quatro mandados – três de busca e apreensão e um de prisão preventiva – em operações simultâneas no Distrito Federal, Goiás e Rio de Janeiro. A cooperação entre as polícias desses estados foi essencial para o sucesso da ação.

A perícia financeira da PCDF resultou no bloqueio judicial de cerca de R$ 500 mil obtidos de forma ilícita pelo grupo criminoso.

A investigação revelou que a suspeita controlava a manipulação de documentos falsos para alterar biometrias de clientes legítimos nas agências bancárias. Com o acesso às contas, o grupo realizava operações financeiras ilegais, como:

  • Solicitação de empréstimos
  • Retiradas em dinheiro
  • Pagamentos fraudulentos
  • Transferências em cadeia

Os recursos eram dispersos em várias contas e convertidos em bens registrados em nomes de terceiros para ocultar a origem ilícita, configurando um esquema conhecido de lavagem de capitais.

Foram apreendidos celulares, documentos, mídias digitais e outros materiais que serão analisados pela equipe especializada da DCV/CORF, que segue em busca de novos membros da quadrilha e de vítimas.

Com a detenção da conhecida “Deusa do golpe”, a PCDF destaca a importância desse resultado no combate a organizações criminosas com alto uso de tecnologia e atuação interestadual.




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