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quinta-feira, 20/11/2025




Golpista finge roubo para receber dinheiro de seguradoras

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Além dos crimes financeiros, Anna Karolina e Silva (foto em destaque), 37 anos, conhecida no mundo do crime digital como ‘Deusa do golpe’, aplicou outro tipo de fraude.

A coluna Na Mira descobriu que, em pouco tempo, a investigada contratava seguros contra roubo, furto e sequestro, que garantiam um pagamento caso ocorresse algum dano.

Em seguida, ela simulava roubos, reportando falsamente ter sido assaltada, e recebia os pagamentos do seguro junto com os valores dos supostos bens roubados.

Operação

Anna Karolina e Silva foi presa preventivamente pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). Ela liderava um dos esquemas de fraudes bancárias mais audaciosos recentemente no país. Centenas de trabalhadores tiveram suas contas furtadas pela golpista e seus aliados.

Apelidada de ‘Ryuk’ no submundo do crime, em alusão ao deus da morte no mangá Death Note, ela ganhou dos investigadores o nome de ‘Deusa do golpe’ pela complexidade e audácia do esquema.

Segundo as investigações, o grupo tinha uma divisão clara de tarefas e usava técnicas sofisticadas de falsificação. O golpe começava com a falsificação de documentos para substituir a biometria de clientes reais nas agências bancárias.

Com esse método, os criminosos acessavam as contas das vítimas para realizar:

  • empréstimos elevados;
  • saques;
  • pagamentos de boletos;
  • transferências múltiplas.

Os danos financeiros foram consideráveis, atingindo tanto clientes quanto instituições bancárias.

Lavagem de dinheiro

Para dificultar a investigação, o grupo distribuía o dinheiro roubado entre diversas contas, incluindo contas de pessoas sem ligação direta com as fraudes, e investia em veículos registrados em nomes de terceiros para ocultar a origem ilícita dos bens.

A ação faz parte da fase final da Operação Liveness, conduzida pela Divisão de Análise de Crimes Virtuais (DCV/CORF) da PCDF, que desmantelou um grupo interestadual que adulterava biometrias, lavava dinheiro e desviava milhões de contas bancárias em todo o Brasil.

Foram cumpridos três mandados de busca e apreensão e um de prisão preventiva expedidos pela Justiça do Distrito Federal. As diligências ocorreram simultaneamente no DF, Rio de Janeiro e Goiás.

Durante as buscas foram apreendidos celulares, documentos, mídias eletrônicas e diversas provas digitais, que serão analisadas por peritos da DCV/CORF para identificar novos envolvidos, rastrear movimentações financeiras e encontrar outras vítimas.




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