A Polícia Federal (PF) investigou e descobriu que Antônio Carlos Camilo, conhecido como o “careca do INSS”, movimentou mais de R$ 12 milhões em apenas 129 dias, pouco mais de quatro meses. Ele foi preso em uma ação feita na sexta-feira, dia 12. As investigações apontam que ele está envolvido em fraudes no Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS).
De acordo com a PF, Antônio Carlos Camilo estaria pagando propina a servidores para conseguir informações pessoais de beneficiários do INSS. Depois, ele vendia esses dados para associações, que cadastravam os servidores em serviços que eles não tinham pedido e desviavam dinheiro.
A PF também identificou um lobista como facilitador do esquema. Outro acusado, o empresário Maurício Camisotti, foi preso na mesma operação. Foram confiscadas obras de arte valiosas, carros caros e esportivos, armas de grande calibre e quadros.
Segundo a Polícia Federal, entre 2019, quando esse esquema começou, e 2024, mais de R$ 6,3 bilhões passaram por esse esquema. Quando o escândalo veio à luz, o presidente do INSS na época, Alessandro Stefanutto, foi afastado do cargo.
O ex-presidente Alessandro Stefanutto foi levado para a Superintendência do Distrito Federal. As investigações mostraram que ele movimentou R$ 9,3 milhões para pessoas ligadas a servidores do INSS entre 2023 e 2024.
O empresário Maurício Camisotti também foi apontado como parte do esquema, mas sua defesa negou qualquer motivo para sua prisão relacionada à operação contra fraudes no INSS.
Os policiais também foram até a casa e o escritório do advogado Nelson Wilians, em São Paulo, onde encontraram várias obras de arte.
A defesa do advogado declarou que ele está colaborando totalmente com as autoridades e acredita na apuração para provar sua inocência.