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terça-feira, 02/09/2025

Golpe não ocorreu por recusa do Exército e da Aeronáutica

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O procurador-geral da República, Paulo Gonet, declarou, nesta terça-feira (2/9), durante o julgamento da tentativa de golpe no Supremo Tribunal Federal (STF), que o golpe não foi consumado graças à resistência dos comandantes do Exército e da Aeronáutica. Ele destacou que a ideia veio do “principal chefe das Forças Armadas”, referindo-se ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

“O golpe não foi realizado, pois, apesar das tentativas, não teve o apoio dos comandantes do Exército e da Aeronáutica […]. O plano de golpe foi proposto pelo comandante máximo das Forças Armadas: o presidente da República [Jair Bolsonaro]. O golpe não ocorreu pelo respeito do Exército e da Aeronáutica”, afirmou Gonet.

Gonet terá duas horas para expor sua manifestação após a leitura do relatório feita pelo relator do caso, ministro Alexandre de Moraes. O procurador frisou que o plano falhou devido à rejeição dos militares em aderir.

Além de Bolsonaro, sete acusados considerados centrais são julgados no STF por tentativa de derrubada violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, participação em organização criminosa armada, dano qualificado e violação de patrimônio protegido legalmente.

“Quando o presidente da República e o ministro da Defesa se reúnem com comandantes militares, sob sua supervisão política e hierárquica, para consultá-los sobre a execução da fase final do golpe, o golpe já está em andamento”, ressaltou Gonet.

De acordo com o procurador-geral, “até este momento, está comprovado, na sequência dos fatos, a ruptura da ordem democrática. Foi evidenciado que, em várias ocasiões, houve um chamado público do então presidente da República para que não fossem utilizadas as urnas eletrônicas previstas na legislação, com a ameaça de que as eleições não seriam realizadas, além de ações de resistência ativa contra os resultados eleitorais”.

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