A Polícia Civil de Goiás (PCGO) iniciou a Operação Agrofraude para desmantelar uma grande organização criminosa que atuava em diversos estados, incluindo o Distrito Federal, na manhã desta terça-feira (7/10).
De acordo com o Grupo Especial de Investigações Criminais de Rio Verde (8ª DRP), o grupo realizava estelionato virtual por meio do golpe conhecido como “falso intermediário” na comercialização de milho.
Mais de 41 pessoas foram identificadas como participantes diretos do esquema, que movimentou mais de 120 milhões de reais em cinco anos, valores muito acima da renda declarada pelos envolvidos.
As investigações mostram que a quadrilha causou prejuízo a mais de 10 pessoas em Rio Verde (GO), totalizando aproximadamente 1 milhão de reais em perdas.
Uma vítima em Rio Verde transferiu 270 mil reais para as contas dos golpistas, que se passavam por produtores rurais para aplicar o golpe.
Foram cumpridos 81 mandados judiciais, incluindo prisões, buscas, apreensões, sequestro de bens e bloqueio de contas bancárias em estados como Mato Grosso, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Amazonas, Acre, Piauí e no Distrito Federal.
Como o golpe é aplicado
O esquema começa com o golpista contatando corretores de milho se passando por compradores. Agindo de boa fé, os corretores fornecem detalhes e imagens dos produtos.
Com essas informações, os criminosos entram em contato com outros corretores legítimos, que buscam compradores reais, que acabam sendo as vítimas.
O fraudador então negocia diretamente com a vítima, fingindo ser um produtor rural, para enganar a pessoa e fazer com que ela realize uma transferência bancária, aplicando assim o golpe.