Pelo menos três pessoas procuraram a 15ª Delegacia de Polícia (Ceilândia Centro) na terça-feira (12/8) para denunciar um golpe relacionado a vistoria veicular.
De acordo com o boletim de ocorrência, as vítimas buscaram a Protege Vistoria Automotiva, localizada em Ceilândia, e foram atendidas por Rafael da Silva Mendes.
Cada uma delas realizou uma transferência via Pix no valor aproximado de R$ 300 para uma conta vinculada a Rafael. Dias depois, quando tentaram acessar o laudo da vistoria, constataram que o documento não estava registrado no sistema do Departamento de Trânsito (Detran-DF).
Relato de uma vítima
Giselle de Oliveira, que registrou a queixa, relatou que procurou a empresa em 28 de julho e foi atendida por Rafael, que se apresentou como proprietário da empresa. Ele garantiu que enviaria o laudo para o telefone dela no mesmo dia.
Com o passar do tempo, Rafael começou a dar diversas justificativas para o atraso na entrega do documento. Ao visitar a empresa novamente no dia do registro da ocorrência, Giselle descobriu que ele havia sido demitido e que outras pessoas também foram lesadas, motivo pelo qual decidiram buscar ajuda policial.
Impacto e medidas da empresa
A reportagem contatou a dona da Protege Vistoria Automotiva, Mireia Suzi, que afirmou estar passando pela mesma situação. Segundo ela, um funcionário agiu de forma imprópria e causou prejuízos à empresa.
Mireia informou que pelo menos cinco clientes a procuraram com problemas gerados por Rafael e garantiu que está se esforçando para atender essas pessoas sem cobrar custos adicionais pelas vistorias complementares.
Ela ressaltou que Rafael da Silva foi demitido por justa causa na semana anterior. A empresária acredita que a pressão causada por pagamentos atrasados pode ter motivado o comportamento irregular do ex-funcionário.
Posicionamento do Detran-DF
Em comunicado, o Detran-DF afirmou que a Protege Vistoria Automotiva é credenciada para realização de vistorias veiculares, mas a empresa é responsável legalmente pelas ações de seus empregados.
O órgão também ressaltou que, ao ter conhecimento de possíveis irregularidades em serviços credenciados, toma as providências administrativas cabíveis, sem prejudicar as investigações das autoridades competentes.
Resposta do ex-funcionário
Por fim, o ex-funcionário da empresa não quis comentar o assunto quando foi procurado pela reportagem.