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quarta-feira, 03/09/2025

Golpe bilionário de falso investimento é desfeito pela polícia

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A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) realizou nesta quarta-feira (3/9) a Operação EBDOX para acabar com um grupo que aplicava golpes de investimentos falsos. A ação foi organizada pela 17ª Delegacia de Polícia e pela Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), do Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (DECOR), com apoio das polícias civis de Roraima, Bahia, Mato Grosso e São Paulo.

As investigações iniciaram em abril de 2024, após várias pessoas do Distrito Federal denunciarem golpes em grupos de WhatsApp. Os criminosos se apresentavam como especialistas em economia, usando até um falso título de doutorado pela USP para ganhar confiança. Eles promoviam uma plataforma chamada EBDOX, oferecendo lucros altos.

No início, os depósitos eram feitos normalmente. Porém, na hora de retirar o dinheiro, as vítimas eram avisadas sobre um bloqueio judicial, que poderia ser liberado só após o pagamento de 5% como caução. Mesmo pagando, o dinheiro não era liberado e a plataforma desapareceu. Uma vítima de Taguatinga (DF) perdeu mais de R$ 220 mil. Em um site de reclamações, há mais de 400 denúncias contra o esquema.

De acordo com a PCDF, o grupo era liderado por criminosos chineses que viviam no centro de São Paulo e recrutavam brasileiros para gerenciar os grupos de WhatsApp. Esses intermediários seguiam ordens rigorosas e se comunicavam com os líderes por mensagens em chinês, recebendo pagamentos em criptomoedas.

O dinheiro obtido era lavado comprando criptomoedas, créditos de carbono e exportando alimentos de Boa Vista (RR) para a Venezuela. Uma empresa ligada ao esquema movimentou mais de R$ 1 bilhão no ano anterior.

Na ação de quarta-feira, foram cumpridos 21 mandados de busca e apreensão e três prisões temporárias em São Paulo (SP), Guarujá (SP), Boa Vista (RR), Curitiba (PR), Dourados (MT) e Entre Rios (BA). A Justiça também ordenou o bloqueio de bens e valores.

Os suspeitos vão responder pelos crimes de estelionato eletrônico, organização criminosa e lavagem de dinheiro. As penas podem ultrapassar 20 anos de prisão.

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