A ministra Gleisi Hoffmann, da Secretaria de Rela relações Institucionais da Presidência, criticou a recente elevação da taxa de juros pelo Banco Central, sem fazer referência ao presidente da instituição, Gabriel Galípolo, nomeado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu, em 18 de abril, aumentar a taxa básica de juros (Selic) em 0,25 ponto percentual, subindo de 14,75% para 15% ao ano, em uma decisão unânime.
Nas redes sociais, Gleisi tem sido uma das principais vozes críticas contra a estratégia do Banco Central de elevar os juros para controlar a inflação.
Durante a gestão anterior, com Roberto Campos Neto indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, a ministra, enquanto deputada federal, afirmava críticas ao banco, chamando-o de ”BC de Campos Neto”. Agora, com a liderança de um indicado de Lula, a oposição tem cobrado uma posição clara da ministra.
“O momento atual, com desaceleração da inflação, déficit primário equilibrado, crescimento econômico e investimentos estrangeiros demonstrando confiança, torna inexplicável o aumento da taxa selic pelo Copom”, declarou Gleisi sem mencionar Galípolo. Ela ainda escreveu: “O Brasil espera que essa seja a última alta dos juros elevados”.
Até a manhã do dia 19, o presidente Lula não se manifestou sobre o aumento dos juros.
O Banco Central justificou o aumento devido a previsões de inflação elevadas, atividade econômica resistente e pressões no mercado de trabalho.
O Copom indicou que pode manter os juros nessa taxa, mas está preparado para novos aumentos caso seja necessário.