General Freire Gomes, ex-comandante do Exército, solicitou ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, autorização para participar da acareação com o ex-ministro da Justiça Anderson Torres por meio de videoconferência.
O general explicou que mora em Fortaleza (CE). A defesa dele pediu que Alexandre de Moraes permita essa exceção para o encontro remoto, assim como aconteceu nos depoimentos anteriores relacionados à investigação da suposta trama golpista.
“Vale destacar que o depoimento do general Freire Gomes no processo, em 19 de maio de 2025, foi realizado com sucesso através de videoconferência, mostrando que o formato é plenamente viável e sem prejudicar os procedimentos legais”, relataram os advogados do general.
Mais cedo, o ministro Alexandre de Moraes determinou que o general Freire Gomes e Anderson Torres se encontrem presencialmente no dia 24 de junho, na sala da Primeira Turma do Supremo. No mesmo dia, uma hora antes, também será feita a acareação entre o general Braga Netto e o ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, Mauro Cid.
Alexandre de Moraes ainda não tomou uma decisão sobre a solicitação da defesa do general.
Ministro solicita dados ao Google
No início do dia, o ministro pediu ao Google que informe quem é o responsável pela divulgação do documento conhecido como “minuta do golpe” na internet.
A defesa de Anderson Torres alegou que existe na web um arquivo idêntico ao que foi apreendido pela Polícia Federal (PF) na casa do ex-ministro, em janeiro de 2023. Segundo os advogados, esse documento permanece disponível online.
Os defensores argumentam que o material encontrado na residência de Torres é o mesmo que circula na internet e destacam a necessidade de uma perícia técnica para confirmar se o arquivo acessado pelo “Google” é diferente dos demais documentos considerados antidemocráticos durante a fase de investigação do caso.