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terça-feira, 09/09/2025

General com agenda golpista não é normal, diz Moraes sobre Heleno

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Em Brasília

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, afirmou na terça-feira (9/9) que as anotações do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI), Augusto Heleno, descritas na denúncia como uma “agenda golpista”, não são aceitáveis.

“Não é justificável considerar normal que um general do Exército, quatro estrelas, ministro do GSI, possua uma agenda contendo registros golpistas. Uma agenda que planeja ações para deslegitimar as eleições, o Poder Judiciário e permanecer no poder”, declarou Moraes.

Ele continuou dizendo: “É incompreensível que alguém aceite uma agenda golpista em uma democracia moderna, no século 21”.

Anotações de Heleno

A acusação da Procuradoria-Geral da República contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 33 pessoas, pelos crimes de tentativa de destruição do Estado Democrático, golpe de Estado e organização criminosa, revela registros do general Augusto Heleno, então chefe do GSI, com orientações para desacreditar as urnas eletrônicas.

Na casa de Heleno foi encontrada uma agenda detalhando um plano para criar um discurso deslegitimador das urnas eletrônicas. Ele estabeleceu algumas diretrizes estratégicas a serem seguidas:

  • Mapear as regiões onde o presidente tem aliados confiáveis.
  • Evitar fazer referências a homossexuais, negros e outros grupos, evitando comentários negativos e generalizados sobre o povo brasileiro, e enfatizar as qualidades do povo como ser trabalhador, lutador e otimista.
  • Manter um discurso crítico em relação às urnas eletrônicas, continuando a questioná-las.

Além disso, na residência de Heleno, foram encontrados documentos que alegam inconsistências e falhas nas urnas eletrônicas, que serviriam para fundamentar o discurso do ex-presidente Jair Bolsonaro e gerar dúvidas sobre a segurança do processo eleitoral.

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