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sexta-feira, 15/08/2025

Generais são detidos por suposta trama de golpe no Mali

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Um grupo de militares e civis, incluindo dois generais e um alegado agente francês, foi detido pelas autoridades do Mali sob a acusação de uma suposta conspiração para realizar um golpe. Em comunicado transmitido no noticiário local na noite desta quinta-feira (14/8), general Daouda Aly Mohammedine, ministro da Segurança, informou que uma investigação está em curso e garantiu que a situação está “totalmente controlada”.

De acordo com reportagens do The Guardian, dezenas de oficiais militares foram capturados no início desta semana.

O evento acontece enquanto as forças militares continuam a suprimir movimentos contrários ao regime, após uma manifestação pró-democracia realizada em maio, a primeira desde que os militares tomaram o poder quase quatro anos atrás.

Suposta conspiração

Segundo a imprensa internacional, os detalhes sobre os indivíduos envolvidos no golpe proposto ainda são escassos, assim como as ações previstas, incluindo o suposto agente francês identificado como Yann Vezilier.

Mohammedine declarou que Vezilier atuava “representando o serviço de inteligência francês, que teria mobilizado líderes políticos, membros da sociedade civil e militares no Mali”. Algumas reportagens locais apontam que Vezilier é um oficial de voo e figura no site oficial do governo francês Légifrance como tenente-coronel em 2020.

Até o momento, a França, antiga potência colonial do Mali, não se manifestou sobre a prisão de Vezilier.

O governo de transição comunicou à população que um pequeno grupo marginal das forças armadas e de segurança do Mali foi preso por envolvimento em crimes que visavam desestabilizar as instituições da república. A tentativa de golpe foi evitada graças às detenções dos suspeitos, conforme informado por Mohammedine.

Participação militar

Um canal nacional exibiu imagens de 11 indivíduos supostamente integrantes do grupo conspirador. Mohammedine destacou que dois generais estão entre os acusados, afirmando que a conspiração teria começado a ser articulada em 1º de agosto.

Um dos generais, Abass Dembélé, que já foi governador da região central de Mopti, foi subitamente afastado do cargo em maio, após solicitar uma apuração sobre denúncias de assassinatos de civis pelo exército na aldeia de Diafarabé.

A outra, Néma Sagara, é reconhecida pelo seu importante papel no combate a grupos militantes em 2012.

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