Órgãos do Governo do Distrito Federal avançaram na criação de um novo plano para combater a violência de gênero. A reunião aconteceu na Secretaria da Mulher, na Asa Norte, com representantes de várias pastas, para aprovar o Plano Distrital de Combate à Violência Contra a Mulher, que vai valer de 2025 a 2034. Durante o encontro, o GDF alinhou ações e propostas para prevenir agressões, fortalecer a rede de proteção e melhorar a coordenação entre as instituições que atendem as vítimas.
Na edição de Sobradinho do projeto Movimente nas Cidades, centenas de mulheres se reuniram para receber capacitação, orientação e incentivo ao empreendedorismo. O projeto percorreu diversas regiões administrativas em 2025 e é uma ferramenta importante da Política Distrital de Apoio ao Empreendedorismo Feminino, com a presença ativa da Secretaria da Mulher, fortalecendo a autonomia econômica e o protagonismo feminino no Distrito Federal.
O plano aprovado prioriza a prevenção e o enfrentamento da violência doméstica e familiar, além de outras formas de violência contra mulheres e meninas, como violência sexual, patrimonial, política de gênero e institucional. O documento reforça o compromisso do GDF em ampliar a abrangência e eficácia das políticas públicas de proteção.
Participaram representantes das secretarias de Educação (SEEDF), Justiça e Cidadania (Sejus-DF), Desenvolvimento Social (Sedes-DF), Segurança Pública (SSP-DF), e equipes da Polícia Civil, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal. Essa articulação fortalece a rede de cuidado, garantindo respostas rápidas e eficientes em casos de violência.
Celina Leão, vice-governadora, destacou que a integração entre instituições amplia a proteção às mulheres e fortalece ações de acolhimento, campanhas educativas e o empoderamento das famílias vulneráveis: “Romper o ciclo da violência depende da união entre governo e sociedade.”
Giselle Ferreira, secretária da Mulher, ressaltou que o diálogo entre as instituições permite identificar avanços e desafios na execução das políticas públicas: “O compartilhamento de dados e experiências facilita o aprimoramento das ações existentes e a criação de novas estratégias de atendimento.” Ela reforçou que a ampliação dos equipamentos públicos da Secretaria da Mulher é prioridade, com foco em prevenção, informação e acesso aos serviços para as mulheres.
Os dados mostram a necessidade urgente dessas ações. Segundo o Observatório de Violência contra a Mulher e Feminicídio, só no primeiro semestre deste ano foram feitos 24.983 atendimentos psicossociais, acolhendo 11.226 mulheres em situação vulnerável no DF. O observatório tem informações sobre escolaridade, saúde, emprego, programas sociais e segurança, que ajudam a orientar as políticas públicas.

