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sábado, 06/12/2025

GDF entrega mais de 12 mil casas em cinco anos

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Desde 2019, o Governo do Distrito Federal (GDF) tem facilitado o acesso à moradia para famílias de várias faixas de renda com o Programa Morar Bem.

Já foram entregues 11.335 casas, beneficiando mais de 36 mil pessoas em várias regiões do Distrito Federal.

Segundo o diretor-presidente da Codhab, Marcelo Fagundes, somando as unidades entregues e as do Cheque Moradia, o total ultrapassa 12 mil moradias. “Foram entregues mais de 12 mil unidades, e atualmente temos mais de 50 mil unidades em diferentes etapas: construção, entrega e aprovação de projetos. É um recorde para o Distrito Federal”, explica.

Marcelo Fagundes também destaca a combinação de projetos próprios, parcerias com o setor privado e o uso do Cheque Moradia, ampliando o alcance do programa. As casas oferecem padrão construtivo de qualidade, com elevador, garagem subterrânea e área de lazer, atendendo principalmente famílias em situação de vulnerabilidade.

Até outubro, a maior entrega foi no Itapoã, com 6.912 unidades, seguido por São Sebastião com 1.962 apartamentos e o Sol Nascente com 1.008 imóveis, além de outras regiões como Recanto das Emas, Riacho Fundo II, Samambaia e Sobradinho.

“O Distrito Federal está se tornando uma referência nacional em habitação social”, afirma Marcelo Fagundes.

O planejamento territorial tem sido essencial para esse sucesso. O Plano Diretor de Ordenamento Territorial (Pdot) indica onde a Codhab pode atuar e assim as áreas disponíveis vão sendo ampliadas, fortalecendo o DF como exemplo nacional em moradia social.

Inscrições abertas o ano todo

As inscrições para o Morar Bem estão abertas durante o ano inteiro. Os interessados podem se cadastrar no site oficial da Codhab ou pelo aplicativo Codhab Cidadão. Quem tiver dificuldades pode buscar atendimento presencial nos postos regionais.

Para participar, é necessário cumprir os critérios da Lei nº 3.877/2006, manter os dados atualizados e acompanhar a situação pelo aplicativo. A aprovação garante a possibilidade de ser indicado para moradias.

Marcelo Fagundes explica que o programa é para quem ganha até 12 salários mínimos, abrangendo várias faixas de renda. As famílias de menor renda recebem maiores subsídios, mas todas têm algum apoio para adquirir a casa.

O Cheque Moradia também ajuda a enfrentar a ocupação irregular, oferecendo uma alternativa formal para quem não tinha onde morar, evitando que pessoas vivam em locais ilegais.

Na área de alta vulnerabilidade, o objetivo é zerar a fila de espera, que hoje passa de 3 mil famílias. “Entre janeiro e fevereiro, vamos distribuir os imóveis para todos que estão na fila”, garante Marcelo Fagundes.

Dignidade

Um exemplo de beneficiária é a autônoma Vera Lúcia, 47 anos, moradora do Sol Nascente. Natural do Maranhão, ela vive em Brasília desde 1993 e já enfrentou dificuldades morando de favor em áreas rurais e conciliando trabalhos para sustentar os três filhos.

Durante a gravidez de gêmeos, inscreveu-se no programa. Anos depois recebeu a notícia de que foi contemplada. “Fui chamada para o sorteio e anunciei: ‘Vera Lúcia, terceiro andar, número 47’. Na mesma semana ganhei a chave das mãos do governador. Foi uma honra. O impossível aconteceu”, conta.

Ao entrar no apartamento pela primeira vez, ela orou, pulou e brincou com os filhos. Apesar dos poucos móveis doados, o essencial já estava lá. “O importante é ter um teto. Morar bem também é dignidade”, afirma.

Vera Lúcia destaca programas como Cartão Material Escolar e Prato Cheio, que ajudam na rotina da família. “A palavra-chave é dignidade. É um sonho realizado e fico feliz que outros também possam alcançá-lo. É para a vida toda: aqui nada falta”, finaliza.

Sonho da casa própria

No Itapoã Parque, um dos maiores empreendimentos sociais do DF, o vigilante Geison Brito da Cunha e a esposa vigilante Mariana Rodrigues de Souza viram no Morar Bem a oportunidade de sair do aluguel.

“A aquisição foi tranquila, com facilitação do GDF. Pesquisei outras regiões como Samambaia, mas era mais caro. Quando vi essa aqui, foi amor à primeira vista”, conta Geison.

Eles valorizam o condomínio fechado, a vista e o projeto urbanístico. Os moradores também realizam melhorias, como a cobertura do estacionamento decidida em assembleia para proteger os veículos.

Mariana diz que foi um sonho realizado: “Sempre morei de aluguel e queria meu espaço. Agora podemos dizer: é nosso”.

A recepcionista Silviane Tavares, também moradora do Itapoã Parque, quase desistiu quando soube que precisaria pagar uma entrada de cerca de R$ 15 mil. “Eu não tinha esse dinheiro e pensei em desistir, mas depois soube que a entrada foi zerada. Foi um milagre”, relata.

Hoje, Silviane mora com os filhos e paga as parcelas. “Saber que isso é nosso e que posso deixar um imóvel para eles muda tudo. Passamos por dificuldades com aluguel, mas agora faço tudo com prazer”.

Com a renda do filho músico, a família conseguiu mudar, montar cozinha e comprar móveis, pensando no futuro.

Esses relatos de Vera Lúcia, Geison, Mariana e Silviane mostram o impacto positivo do Morar Bem. Para a Codhab, é importante que todos os cidadãos tenham acesso a casas em locais com equipamentos públicos e transporte.

“Quem não tem casa precisa ser atendido, independentemente da renda. Isso é o que estamos construindo no Distrito Federal”, conclui Marcelo Fagundes.

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