Com a chegada do Dia Nacional do Idoso e do Dia Internacional das Pessoas Idosas, comemorado em 1º de outubro pela ONU, o Governo do Distrito Federal (GDF) destaca ações importantes para o bem-estar dos idosos. O GDF tem fortalecido iniciativas que promovem um envelhecimento saudável e garantem os direitos desse grupo que cresce cada vez mais na sociedade.
Uma das principais ações é o Programa Viver 60+, criado em 25 de maio deste ano como uma política pública permanente pelo governador Ibaneis Rocha. Coordenado pela Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF), o programa oferece serviços gratuitos e integrados para garantir qualidade de vida, saúde física e emocional, inclusão social e proteger os idosos contra violências.
Atualmente, o programa atende mais de 7 mil pessoas em 34 polos distribuídos por quase todas as regiões administrativas. Oferece atividades como ginástica, dança, palestras, cultura, lazer e cuidados com a saúde. Em outubro, a programação se intensifica com eventos especiais como a Conferência da Pessoa Idosa, o Baile Prateado e encontros que envolvem famílias e comunidades.
Na última sexta-feira (26), uma ação do programa foi realizada na Igreja Presbiteriana Renovada, em Santa Maria, reunindo cerca de 90 participantes para uma conversa sobre saúde mental, relacionada à campanha Setembro Amarelo. Essa atividade faz parte do projeto “Flor por Onde Eu For”, que visita várias cidades para fortalecer o apoio emocional e combater a solidão entre os idosos.
A subsecretária de Política para a Pessoa Idosa da Sejus, Dolores Ferreira, explicou que, com o Viver 60+ e a ampliação dos serviços de saúde, o GDF quer garantir um envelhecimento digno, participativo e saudável, focado na inclusão social e no combate ao preconceito etário. “O mês de outubro destaca a importância de políticas públicas para os idosos. Em 2030, teremos mais idosos do que jovens. É fundamental assegurar acolhimento, autonomia e prevenção contra violências”, afirmou.
Além das atividades físicas e sociais, o Viver 60+ tem parcerias na área da saúde para oferecer exames preventivos cardiovasculares e testes para doenças sexualmente transmissíveis, acompanhados gratuitamente por clínicas parceiras. O assistente social Eduardo Rikelme, do Instituto Chronos de Apoio à Pesquisa (Icape), parceiro do programa, explicou que o objetivo é prevenir riscos como infartos e derrames, oferecendo exames que podem não estar disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS).
Participantes relatam melhorias significativas. A aposentada Maria Gorete Mota da Silva, de 69 anos, disse que a convivência com pessoas da mesma idade nas aulas coletivas melhorou sua qualidade de vida. “Eu amo esse projeto, gosto muito dos exercícios e das danças. Fiz novas amizades e melhorei minha saúde física e mental”.
A dona de casa Francisca Marques do Santos, também com 69 anos, destacou os benefícios da iniciativa: “Antes eu ficava em casa, sem sair. Agora me sinto melhor, com menos dores na coluna e mais disposição. Eu tenho problema de memória e até isso está melhorando”.
Durante o evento em Santa Maria, profissionais de psicologia orientaram os idosos sobre como lidar com ansiedade, depressão e solidão, problemas comuns enfrentados por quem vive isolado. O psicólogo Felipe Junio de Jesus, diretor de programas para idosos na Sejus, explicou que essas rodas de conversa ajudam a identificar situações de vulnerabilidade e violência doméstica, dando voz a quem muitas vezes não é ouvido. A equipe já visitou mais de seis cidades.
A Sejus lançou recentemente a Cartilha dos Direitos da Pessoa Idosa, que traz informações sobre as garantias legais e o papel das famílias na proteção dos idosos. O material está disponível gratuitamente no site da secretaria.
Na área da saúde, o atendimento aos idosos no Distrito Federal segue a Política Nacional da Pessoa Idosa, com foco na Atenção Primária por meio das Unidades Básicas de Saúde (UBSs), que oferecem acompanhamento com equipes multiprofissionais e atividades para prevenção de quedas, práticas integrativas e tratamento do tabagismo.
Para casos que necessitam de atendimento especializado, existem 10 Ambulatórios de Geriatria e Centros de Reabilitação com profissionais como geriatras, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos e psicólogos. No primeiro semestre de 2024, foram realizados 824 atendimentos voltados à saúde do idoso na rede pública. Segundo a Secretaria de Saúde (SES-DF), o cuidado deve começar antes dos 60 anos, com foco na prevenção de doenças crônicas e na manutenção da autonomia.
O programa Viver 60+ está disponível em 34 polos no Distrito Federal e oferece atividades físicas, culturais, sociais e de promoção da saúde para pessoas com 60 anos ou mais. As atividades são contínuas durante o ano, com programação especial em outubro. Para participar, basta procurar a equipe da Estratégia Saúde da Família (ESF) da região.
Com informações da Agência Brasília