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quarta-feira, 18/06/2025




Ganhos essenciais para viver bem no semiárido

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Um estudo do Instituto IDH investigou os custos de vida e o acesso aos direitos humanos básicos nas regiões semiáridas e áreas vizinhas da Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte. A pesquisa identificou o montante financeiro necessário para sustentar uma família típica de quatro membros – dois adultos e duas crianças – em dez áreas distintas desses estados. Os valores variam de R$ 1.986,00 a R$ 4.996,00, valores que ultrapassam o salário mínimo e o limite da linha de pobreza, que é de R$ 872,00.

Realizado em colaboração com o Anker Research Institute e o Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), o estudo dividiu os territórios em dez zonas com base nos rendimentos mínimos para uma vida digna: três áreas na Paraíba, quatro no Rio Grande do Norte e três em Pernambuco.

Em cada região, foi calculado o valor necessário para cobrir alimentação saudável, educação, moradia, saúde e lazer, incluindo ainda uma reserva de 5% para emergências e imprevistos, como os impactos dos eventos climáticos severos, típicos da região, como as secas.

O levantamento destacou que o aumento da renda e da qualidade de vida das famílias rurais pode gerar benefícios ambientais, econômicos e sociais. O estudo também diferiu os valores exigidos para trabalhadores rurais assalariados (salário digno) e pequenos produtores (renda digna). Atualmente, as famílias do semiárido geralmente recebem valores inferiores aos apontados como necessários, agravando sua vulnerabilidade às mudanças climáticas, incluindo a desertificação que afeta 13% do território.

Grazielle Cardoso, gerente do Programa Raízes da Caatinga da Fundação IDH, que busca melhorar as condições de vida no campo, enfatizou: “Sem cadeias produtivas bem estruturadas e resistentes, não é possível garantir uma renda justa no campo. A degradação do bioma representa uma ameaça constante para famílias agrícolas, diminuindo suas chances de sustento. Além disso, quando a renda não é suficiente para uma vida sem privações, não há como manter práticas produtivas regenerativas”.




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