Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central, afirmou que o Brasil recebeu entre 35% a 40% das pessoas que foram capturadas de forma violenta na África para serem escravizadas. Ele ressaltou que essas pessoas eram vistas apenas como força de trabalho, e não como seres humanos.
Essa declaração foi feita durante o Fórum Internacional de Equidade Racial Empresarial, organizado pela Iniciativa Empresarial pela Igualdade Racial, na Fiesp.
Galípolo explicou que as escolas costumavam ensinar uma versão da história centrada na visão europeia, que dizia que o Brasil existia apenas para servir a outras economias, e não por si só. Por isso, é importante entender a história para que o futuro seja diferente.
Ele também afirmou que nos concursos do Banco Central agora há critérios que valorizam a representatividade da sociedade brasileira. Em junho deste ano, foi criado um grupo dentro do banco para pensar políticas de diversidade. Além disso, o Banco Central nomeou em 2023 seu primeiro diretor negro, Ailton de Aquino Santos.
Galípolo elogiou Ailton, que chefia o departamento de Fiscalização. Ele brincou, dizendo que ninguém deveria assumir a presidência do Banco Central sem Ailton ao seu lado, destacando a importância de seu trabalho e apoio.
Durante o evento, Galípolo não falou sobre política monetária.
