Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central, reforçou nesta quarta-feira, 12, que a instituição está comprometida com a meta de inflação e que não houve qualquer indicação sobre os próximos movimentos da política monetária. “Se alguém interpretou algum sinal na comunicação sobre o futuro, entendeu errado”, afirmou Galípolo.
Ele explicou que a comunicação do Banco Central reflete a visão atual do colegiado, adotando uma postura modesta e cautelosa diante das incertezas.
Gabriel Galípolo disse que é normal que haja debates sobre as futuras ações do Banco Central e destacou que a instituição baseia suas decisões em fatos e dados concretos.
Durante a apresentação do Relatório de Estabilidade Financeira (REF) do primeiro semestre, em São Paulo, ele afirmou que o Banco Central tem como objetivo principal perseguir a meta de inflação, o que justifica a manutenção da taxa de juros em nível restritivo.
Efeito gradual da política monetária
Gabriel Galípolo reiterou que as medidas tomadas no âmbito da política monetária estão começando a surtir efeito na economia, ainda que de forma lenta e gradual.
Ele explicou que a elevação da taxa de juros encareceu o custo do capital para famílias e empresas, provocando uma desaceleração no ritmo de crescimento, sem causar uma queda abrupta.
Incorporação da isenção do Imposto de Renda
Galípolo destacou que a decisão do Banco Central de considerar a isenção do Imposto de Renda no cenário de referência é uma análise preliminar, que mantém a instituição dependente dos dados para tomar decisões.
Ele comparou essa abordagem à inclusão de outras medidas, como o pagamento de precatórios e a liberação de crédito consignado privado, ressaltando que o banco continuará monitorando os efeitos dessa isenção para entender seu impacto real na conjuntura econômica atual.
Por fim, o presidente do Banco Central ressaltou que o colegiado continua preocupado com o descolamento das expectativas de inflação em todos os prazos considerados.
