O número de vítimas fatais do furacão Melissa, que tem causado estragos no mar do Caribe, alcançou 44 nesta quinta-feira (30/10). A passagem do fenômeno pela Jamaica resultou em 19 óbitos, conforme dados oficiais. No Haiti, 25 pessoas perderam a vida — incluindo 10 crianças.
A tempestade segue em direção às ilhas Bermudas, território britânico ultramarino na região. O furacão Melissa foi classificado como o mais intenso a tocar terra em 90 anos, com ventos que chegaram a 298 km/h — muito acima do limite para a categoria 5, a mais alta na escala de furacões.
O furacão atingiu a Jamaica na terça-feira (28/10), causando mortes devido aos ventos fortes e inundações em várias cidades. Segundo a ministra da Informação do país, Dana Morris Dixon, as equipes de resgate continuam atuando para localizar pessoas desaparecidas.
De acordo com a Cruz Vermelha, o impacto do furacão em Jamaica afetou ao menos 1,5 milhão de pessoas, representando metade da população da ilha. Antes de chegar à Jamaica, o fenômeno atingiu Cuba, onde não houve registros de mortes, mas cerca de 735 mil pessoas foram obrigadas a evacuar regiões do leste do país.
No Haiti, o país mais pobre das Américas, o furacão causou grande destruição. O rio La Digue transbordou e arrastou moradores da cidade de Petit-Goave, no sul da ilha, onde as 25 fatalidades foram registradas.
O Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC) comunicou que o furacão deve afetar as Bermudas com condições meteorológicas adversas já no fim da tarde, com ventos intensos que devem persistir durante a madrugada.
Espera-se que Melissa comece a perder a intensidade nesta sexta-feira (31/10), ao atingir as Bermudas. Para auxiliar, o governo do Reino Unido organizou voos especiais para evacuar cidadãos das ilhas jamaicana e bermudense que não conseguiram retornar por voos comerciais. Conforme o comunicado oficial, o Ministério das Relações Exteriores, da Commonwealth e do Desenvolvimento disponibilizou um número restrito de voos para garantir o retorno seguro dos britânicos.