20.5 C
Brasília
quinta-feira, 18/12/2025

Fundações sem fins lucrativos pagam salários maiores que empresas

Brasília
chuva fraca
20.5 ° C
21.5 °
20.5 °
88 %
1.5kmh
100 %
qui
21 °
sex
25 °
sáb
21 °
dom
24 °
seg
25 °

Em Brasília

Fundações e associações privadas que não têm fins lucrativos pagaram, em 2023, salários médios mais altos que empresas comuns. Enquanto os funcionários dessas fundações recebiam, em média, R$ 3.630,71, o equivalente a 2,8 salários mínimos, os trabalhadores das empresas ganhavam o equivalente a 2,5 salários mínimos.

Em 2023, o salário mínimo médio foi de R$ 1.314,46. Apesar dos valores pagos por fundações e associações serem maiores que os das empresas, ambos estavam abaixo da média da administração pública, que pagou cerca de quatro salários mínimos.

Esses dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a partir de um levantamento que analisou fundações privadas e associações sem fins lucrativos no país, chamadas de Fasfil. São incluídas nesse grupo associações comunitárias, fundações privadas, entidades religiosas, instituições educacionais e de saúde sem fins lucrativos.

O levantamento mostrou que, de 2022 para 2023, o número dessas fundações e associações cresceu 4%, chegando a quase 600 mil organizações, que representam cerca de 5% de todas as organizações brasileiras, incluindo empresas e órgãos públicos.

Essas instituições empregaram 2,7 milhões de pessoas, ou seja, 5,1% do total de trabalhadores do país, recebendo cerca de 5% do total dos salários pagos no Brasil.

Remuneração média em salários mínimos

  • Administração pública: 4 salários mínimos
  • Fundações privadas e associações: 2,8 salários mínimos
  • Outras entidades sem fins lucrativos: 2,6 salários mínimos
  • Empresas: 2,5 salários mínimos
  • Total geral dos trabalhadores: 2,8 salários mínimos

Tipos de atividades

Cerca de um terço (35,3%) das fundações e associações privadas sem fins lucrativos são entidades religiosas. Outras áreas de atuação incluem cultura e recreação, defesa de direitos, associações profissionais, assistência social, educação e pesquisa, meio ambiente e habitação.

Na área da saúde, estas instituições empregam mais trabalhadores, cerca de 41,2%, somando 1,1 milhão de pessoas. Educação e pesquisa representam 27,7% dos empregos, seguida por assistência social com 12,7%.

Além disso, as mulheres são maioria significativa nestas instituições, representando 68,9% dos trabalhadores, enquanto no mercado em geral são 45,5%. Na educação infantil, elas chegam a 91,7% dos funcionários. Ainda assim, as mulheres ganham cerca de 19% menos que os homens no setor, refletindo desigualdade salarial presente em todo o mercado de trabalho brasileiro.

Francisco Marta, coordenador de Cadastros e Classificações do IBGE, destaca que essas instituições colaboram fortemente com o país, oferecendo serviços importantes em saúde, educação, assistência social e proteção ambiental, complementando ações do governo.

Porte das instituições

Em média, as fundações e associações têm 4,5 empregados, mas a maioria (85,6%) não possui funcionários formais. Apenas 0,7% têm 100 ou mais trabalhadores. Hospitais, instituições de saúde e ensino superior são os setores com maior número de empregados.

As entidades religiosas, por outro lado, geralmente têm menos funcionários, com média de 0,6 assalariados.

*Informações fornecidas pela Agência Brasil.

Veja Também