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sábado, 25/10/2025

Funcionária desvia R$147 mil de asilo e gasta com procedimentos estéticos

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Durante mais de um ano, Priscilla dos Santos Zampier, ex-gerente administrativa da Casa do Vovô, uma instituição que abriga idosos permanentemente, abusou do seu acesso às finanças da entidade e desviou uma grande quantia em dinheiro. Ela usou os recursos para pagar advogados, adquirir roupas novas, realizar tratamentos estéticos e até financiar práticas espirituais.

O asilo está localizado em Vicente Pires. Conforme o processo judicial, os desvios aconteceram entre maio de 2022 e outubro de 2023, período no qual Priscilla tinha controle sobre senhas, pagamentos e movimentações bancárias da Casa do Vovô.

Surgiram suspeitas quando os responsáveis perceberam que algumas contas estavam em aberto. Ao solicitar os extratos, a ex-gerente administrativa apresentou informações confusas e, sem dar explicações detalhadas, pediu demissão, não devolvendo o dinheiro desviado.

De acordo com a defesa, inicialmente Priscilla tinha acesso às contas apenas durante o expediente. Porém, após a Justiça sequestrar alguns bens da entidade, a equipe pediu que a ex-gerente usasse sua própria conta bancária para receber as mensalidades dos idosos, confiando nela devido ao cargo que ocupava.

Esse voto de confiança foi explorado para benefício pessoal.

Destino dos recursos desviados

Além dos usos já citados, os repasses a terceiros somaram quase R$150 mil conforme o processo. O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) apresentou denúncia por 78 crimes de furto qualificado, porém o juiz considerou provas suficientes para 18 casos e transformou Priscilla em ré.

Um gasto que chamou atenção foi um trabalho espiritual solicitado a um pai de santo, que custou R$11.300. A acusada pediu uma amarração amorosa, comprovada por mensagens e fotos trocadas com o líder espiritual.

Também foi destacado um alto volume de transferências para uma clínica de estética em Goiânia, onde foram investidos R$9.700 em procedimentos estéticos, sendo que houve comunicação entre Priscilla e a proprietária da clínica sobre possíveis complicações.

Sobre as acusações

Nas 18 denúncias aceitas, o juiz enfatizou que os crimes foram realizados com planejamento, consistindo em múltiplas ações com igual modo e local de execução. Priscilla foi condenada a 3 anos e 4 meses de prisão em regime aberto, por abuso de confiança nas operações financeiras.

A pena foi convertida em alternativas à prisão, incluindo restrições de direitos e a restituição de R$29 mil à Casa do Vovô.

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