Com o início do período de chuvas, o Governo do Distrito Federal (GDF) intensifica os esforços no combate ao mosquito Aedes aegypti. Nesta primeira semana de janeiro, o fumacê, uma das principais estratégias para reduzir a proliferação do mosquito transmissor da dengue, zika vírus, chikungunya e febre amarela, tem percorrido as cidades, aplicando o inseticida nas ruas.
Nesta sexta-feira (5), o inseticida de ultrabaixo volume (UBV) será aplicado na QI 25 do Lago Sul; nas quadras 301 e 302 do Recanto das Emas; na QNJ 6,20,28 e 50 de Taguatinga, nas regiões da QNP 14, 26 e 28 de Ceilândia. Além dessas, o carro do fumacê passará pelos Condomínio Mansões Serrana, no Jardim Botânico, e Nova Petrópolis em Planaltina.
No sábado (6), o Jardim Botânico receberá novamente o inseticida, mas dessa vez será no Condomínio Parque das Paineiras.
“Elaboramos um itinerário baseado nas solicitações das administrações regionais, postos de saúde e hospitais das cidades que mais registraram casos prováveis ou confirmados de dengue. A estratégia é a última válvula de escape para eliminar as fêmeas transmissoras do vírus”, explica o coordenador de controle químico e biológico da Diretoria de Vigilância Ambiental em Saúde do DF, Reginaldo Braga.
De acordo com o último boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Saúde, em 2023, as cidades que mais apresentaram casos prováveis de dengue foram Ceilândia (4.517), Samambaia (3.250 casos prováveis), Brazlândia (2.397), Recanto das Emas (2.340) e Planaltina (2.131). As cinco regiões administrativas concentraram 41,17% dos casos prováveis de dengue do DF.
Entre as ações permanentes adotadas pela saúde pública do DF estão o fumacê, o manejo ambiental, o controle químico, as inspeções dos agentes de vigilância a residências e o investimento em novas tecnologias, como as armadilhas ovitrampas
A aplicação do inseticida iniciou no último dia 2 de janeiro e já percorreu regiões da Asa Sul, Vila Planalto, Taguatinga, Samambaia e Jardim Botânico.
Ações permanentes
Entre as ações permanentes adotadas pela saúde pública do DF estão o fumacê, o manejo ambiental, o controle químico, as inspeções dos agentes de vigilância a residências e o investimento em novas tecnologias, como as armadilhas ovitrampas.
A Secretaria de Saúde elaborou também o Plano para Enfrentamento da Dengue e outras Arboviroses para os anos de 2024 a 2027. O objetivo é maximizar as ações no combate às doenças, reduzir casos e mortes decorrentes de dengue, diminuir o tempo de resposta do enfrentamento e minimizar as dificuldades decorrentes da sazonalidade, assim como os riscos de epidemia. As ações contam com a articulação e apoio de outros órgãos do GDF.
Entretanto, nada disso é totalmente eficaz se a população não fizer a parte dela. A participação da comunidade no combate ao mosquito e à doença é essencial. Durante a passagem do fumacê, é recomendado que, ao ouvir o aviso sonoro dos veículos, os moradores abram portas e janelas. “É importante que pelo menos uma pequena parcela do produto entre nas casas e elimine os mosquitos residenciais”, recomenda o coordenador da Dival.
A Diretoria destaca que a pulverização do fumacê tem horários específicos, das 17h30 às 22h e das 5h às 10h, acompanhando os hábitos do mosquito e atendendo a recomendação da Secretaria de Saúde e do Ministério da Saúde.
A população também deve retirar objetos que possam acumular água das áreas externas, como latas, garrafas, pneus, potes e brinquedos. Além disso, é importante prestar atenção aos vasos de plantas, colocando areia até a borda; às calhas, que devem ser mantidas desobstruídas; e às caixas d’água, que devem estar tampadas. O objetivo é evitar que esses itens se tornem depósitos para os ovos do Aedes aegypti.Para comunicar a Vigilância Ambiental sobre focos no entorno de suas casas, basta ligar no telefone 160.
Números no DF
De acordo com o Boletim Epidemiológico 46 de 2023, até a semana epidemiológica 51, foram registrados 49.426 casos suspeitos de dengue, dos quais 37.698 eram prováveis. Os números representam uma redução de mais de 49,2% em relação ao mesmo período do ano passado, que contabilizou 69.991 casos prováveis da doença no DF. No mesmo período, o registro soma dez casos graves e um óbito causado pela dengue.