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terça-feira, 30/09/2025




Frete de grãos cai após fim da colheita da segunda safra, diz Conab

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O fim da colheita das culturas da segunda safra, especialmente o milho, influenciou a redução dos preços do frete para grãos. Estados como Mato Grosso, Goiás, Paraná e Mato Grosso do Sul, grandes produtores do milho na segunda safra, registraram queda nas tarifas de transporte em agosto, segundo o Boletim Logístico de setembro da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

No Maranhão, o valor do frete para transporte de grãos caiu em agosto. Já no Piauí, o mercado manteve uma movimentação regular, com demanda razoável, mas em ritmo menor comparado aos meses anteriores devido à queda significativa no escoamento do milho, o que levou a uma estabilidade nos preços.

Na Bahia, os preços dos fretes ficaram estáveis ou tiveram aumento, dependendo da região produtora e da rota de transporte. De acordo com a Conab, o aumento foi notado na praça de Luís Eduardo Magalhães, motivado pela maior demanda no transporte de grãos e fibra.

No Distrito Federal, os preços dos fretes subiram em agosto em relação a julho, destacando-se as rotas para Imbituba (Santa Catarina), Uberaba e Araguari (Minas Gerais), e Guarujá (São Paulo), com aumentos de 12%, 11%, 10% e 10%, respectivamente.

Thomé Guth, superintendente de Logística Operacional da Conab, comentou que a produção recorde de milho para a temporada 2024/25 exige um escoamento rápido da safra, o que levou a um pico nos preços dos fretes rodoviários em julho. Embora os valores tenham diminuído em muitas rotas estaduais em agosto, os preços ainda estão acima dos registrados na mesma época da safra anterior. Essa situação é reflexo de uma logística aquecida, e espera-se que os preços mantenham um certo suporte nos próximos meses devido à alta oferta e à demanda dinâmica e mais espaçada ao longo do tempo, envolvendo tanto participantes internos quanto externos nos setores de alimentação animal e bioenergia.

Exportações de milho e soja

Em agosto de 2025, os embarques de milho chegaram a 17,9 milhões de toneladas, superando os 15,7 milhões do mesmo período de 2024. Os portos do Arco Norte continuam sendo o principal ponto de escoamento, respondendo por 39,8% da movimentação. O porto de Santos foi responsável por 29,6%, São Francisco do Sul por 11,6%, Paranaguá por 11,4% e Rio Grande por 5% dos volumes exportados.

Quanto à soja em grãos, as exportações de janeiro a agosto de 2025 somaram 86,5 milhões de toneladas, contra 83,4 milhões no mesmo período do ano anterior. O Arco Norte respondeu por 37,5% das exportações nacionais desse grão, enquanto Santos escoou 34,2%. Paranaguá e São Francisco do Sul corresponderam a 12,9% e 5,2%, respectivamente, do total nacional, com Santiago apresentando uma leve queda frente ao ano anterior.

Fonte: Estadão Conteúdo




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