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quarta-feira, 25/06/2025




Fraudes no INSS citam Moro, Pinato e Lorenzoni e vão ao STF

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Investigações recentes apontam que o senador Sergio Moro (Podemos-PR), o deputado Fausto Pinato (PP-SP) e o ex-ministro Onyx Lorenzoni (Trabalho e Previdência) foram mencionados em denúncias que levaram a Polícia Federal a encaminhar o caso das fraudes contra aposentados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo a Polícia Federal, tanto Fausto Pinato quanto Onyx Lorenzoni aparecem nos documentos da Operação Sem Desconto, que trata dos golpes. O deputado afirmou que seu nome foi citado devido a uma coincidência relacionada ao endereço de seu escritório político, que anteriormente era ocupado por uma empresa envolvida nas investigações. Ele negou qualquer participação nas fraudes.

A PF indicou que Onyx Lorenzoni recebeu, em 2022, doações de um intermediário ligado à Amar Brasil, uma das instituições suspeitas. Na época, ele havia deixado o Ministério do Trabalho e Previdência e concorria ao governo do Rio Grande do Sul. O ex-ministro explicou que essa doação foi para sua campanha e negou qualquer irregularidade, destacando que, enquanto esteve no ministério, fortaleceu o controle sobre fraudes e exigiu mais rigor na autorização de descontos a entidades.

Quanto a Sergio Moro, as suspeitas referem-se a mudanças administrativas feitas no Ministério da Justiça durante sua gestão, que, segundo a PF, enfraqueceram sindicatos tradicionais e beneficiaram associações suspeitas de aplicar golpes a aposentados. A PF relaciona essas mudanças à origem das fraudes investigadas.

Em nota, o senador declarou que o Ministério da Justiça não participou de nenhuma atividade relacionada a descontos ilegais em aposentadorias ou pensões. A investigação também conecta o caso ao inquérito em que Sergio Moro é acusado de extorsão por supostas negociações ilegais envolvendo cartas sindicais.

O ministro Dias Toffoli está encarregado das investigações e solicitou o compartilhamento de inquéritos relacionados para análise conjunta no STF, ressaltando a necessidade de verificar possíveis conexões entre os casos.

Posicionamentos Oficiais

Fausto Pinato

O deputado afirmou que não tem qualquer ligação com o esquema investigado e que a citação ao seu nome decorre apenas da coincidência do endereço do seu escritório. Ele ressaltou que, caso o STF não identifique indícios de crime, o procedimento será arquivar o caso. Pinato afirmou seu compromisso com a ética e a transparência, colocando-se à disposição das autoridades para esclarecimentos.

Sergio Moro

O senador declarou que as fraudes investigadas ocorreram no Ministério da Previdência e no INSS, não envolvendo o Ministério da Justiça sob sua administração. Ele rechaçou as insinuações contra si e ressaltou que o ministro Toffoli tampouco encontrou relação entre sua gestão e as fraudes. Moro afirmou que os responsáveis pelos crimes, caso comprovados, deveriam estar presos e terem seus bens bloqueados.




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