A Federação Única dos Petroleiros (FUP) expressou preocupação com fraudes gravíssimas no setor de combustíveis, envolvendo adulteração, fraude fiscal, lavagem de dinheiro e crime organizado. Apesar da redução dos preços nas refinarias da Petrobras, o consumidor final não sente essa queda no preço.
A Polícia Federal realizou a Operação Carbono Oculto com apoio do Ministério Público e das Receitas Estadual e Federal, para combater a atuação do crime organizado na economia formal. Investigaram a principal área financeira do país, a Avenida Faria Lima, em São Paulo, e postos de combustíveis.
A FUP explica que o esquema, liderado pelo Primeiro Comando da Capital (PCC), prejudicou consumidores e toda a cadeia econômica ligada aos combustíveis, desde transporte e logística ao comércio e arrecadação tributária, afetando serviços públicos essenciais como saúde e educação.
Segundo a Receita Federal, mais de mil postos foram usados para movimentar R$ 52 bilhões entre 2020 e 2024. Na Faria Lima, foram identificados ao menos 40 fundos de investimento controlados pelo PCC, com patrimônio de R$ 30 bilhões. A FUP critica setores que ignoram este esquema criminoso em seu próprio ambiente e destaca que a corrupção prejudica a sociedade, especialmente os trabalhadores.
A FUP defende que o governo deve retomar o controle das refinarias da Petrobras, investir em tecnologias como hidrogênio e e-Metanol, e reassumir a distribuição e comercialização de combustíveis para garantir preços justos, evitar fraudes e reduzir a dependência das importações.
Estadão Conteúdo