A França iniciou nesta sexta-feira (27) um concurso internacional de arquitetura com o objetivo de revitalizar e modernizar o Museu do Louvre, conforme o projeto do “Novo Renascimento” anunciado em janeiro pelo presidente Emmanuel Macron.
Está previsto no plano a construção de uma entrada inédita até 2031, no museu mais visitado do planeta, além de um espaço exclusivo para a obra mais admirada do acervo, A Monalisa.
“Tenho o prazer de anunciar o lançamento do concurso internacional de arquitetura para o projeto ‘Louvre-Novo Renascimento’”, declarou nesta sexta a ministra da Cultura, Rachida Dati, através da rede social X.
A autoridade cultural destacou esse momento como um “novo impulso arquitetônico e cultural” para o museu, situado 40 anos após a inauguração da pirâmide projetada pelo arquiteto Ieoh Ming Pei.
As autoridades consideram a entrada atual, aberta em 1988, como “estruturalmente ultrapassada”, já que foi concebida para atender quatro milhões de visitantes anuais, número que em 2024 atingiu cerca de nove milhões, com 80% de público estrangeiro. A meta agora é alcançar 12 milhões de visitantes após as reformas.
A nova entrada será implementada na Colunata Clássica de Perrault, localizada na fachada oriental, oposta às pirâmides. O projeto inclui ainda a criação de um espaço próprio para A Monalisa, que recebe diariamente mais de 20.000 visitantes.
A partir de 2031, visitantes interessados em ver A Monalisa deverão pagar um valor adicional ao ingresso geral, cujo preço ainda será definido, informou o Louvre à AFP.
O custo do projeto está estimado entre 700 e 800 milhões de euros (equivalente a 4,5 a 5,1 bilhões de reais), com duração prevista em aproximadamente dez anos. Apenas uma pequena fração será financiada pelo Estado.
Além disso, a partir de 1º de janeiro de 2026, será cobrado um ingresso mais caro para estrangeiros não residentes na União Europeia, com a previsão de arrecadar cerca de 20 milhões de euros (129 milhões de reais) por ano.