Um potente terremoto de magnitude 8,8 sacudiu o extremo leste da Rússia na madrugada de quarta-feira, 30 de julho, acionando alertas de tsunami em diversos países, incluindo Estados Unidos, México, Chile, Colômbia e Equador. Considerado um dos maiores tremores registrados na região russa nas últimas décadas, o evento provocou ondas gigantes no litoral da Rússia, Japão, Havaí e várias áreas dos Estados Unidos.
O abalo sísmico causou danos em edifícios da isolada Península de Kamchatka. As ondas destruíram parcialmente um porto, arrastaram embarcações e danificaram a fachada de um jardim de infância, segundo informes do governo local. Diversas pessoas ficaram feridas e buscaram atendimento médico, mas não foram confirmadas mortes ou ferimentos graves.
Imagens amplamente divulgadas nas redes sociais revelam a extensão da destruição na área afetada.
De acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos, o tremor principal ocorreu a 19,3 km de profundidade, com epicentro localizado a cerca de 119 km a sudeste de Petropavlovsk-Kamchatsky, uma cidade russa de 165 mil habitantes. Aproximadamente uma hora após, outros dois tremores secundários, de magnitude 6,3 e 6,9, também foram registrados a cerca de 10 km de profundidade.
Danila Chebrov, diretor do Serviço Geofísico da Filial de Kamchatka, destacou que, apesar da elevada magnitude, a intensidade do tremor foi relativamente moderada devido às características específicas do epicentro.
A região de Kamchatka está localizada no Círculo de Fogo do Pacífico, conhecida por sua intensa atividade geológica e frequentes terremotos e erupções vulcânicas. A Academia Russa de Ciências afirmou que este foi o maior evento sísmico na região desde 1952.
Danila Chebrov acrescentou que ondas secundárias ainda ocorrem, mas que não são esperados tremores mais fortes em breve, sinalizando o controle da situação.
Os locais com maior risco de tsunami incluem Japão, Alasca, Havaí e a costa oeste dos Estados Unidos. Em menor grau de ameaça, estão México, Chile e Equador.
Na Polinésia Francesa, alertas foram emitidos prevendo ondas entre 1,10 e 2,20 metros. No Havaí, voos foram cancelados e uma ordem de evacuação foi emitida e posteriormente suspensa, com o nível de alerta rebaixado. Na Califórnia, foram observadas ondas cerca de 0,5 metros acima do nível normal do mar.
No Japão, mais de 1,9 milhão de pessoas foram aconselhadas a se refugiar em áreas elevadas devido à previsão de ondas de até 3 metros.
O terremoto mais forte já registrado teve magnitude 9,5 e ocorreu em Biobío, Chile, em 1960.
Na América Latina, países como México e Guatemala emitiram alertas para evitar aglomerações nas praias do Pacífico e suspenderam o tráfego marítimo. O Equador também recomendou precaução nas Ilhas Galápagos, proibindo a saída de embarcações e orientando a população a evitar zonas costeiras.
Alertas e medidas de evacuação foram também implementados no Chile e Peru, com previsão de ondas que podem atingir até 3 metros, embora ainda não haja relatos de danos significativos nesses países.
As informações foram compiladas a partir de fontes oficiais e reportagens globais, garantindo um relato abrangente e atualizado do evento e seus impactos.