Ana Paula Abreu Carneiro, de 33 anos, foi brutalmente assassinada após ser esfaqueada entre 15 e 20 vezes pelo namorado. Graduada em fonoaudiologia pela Universidade de Brasília (UnB), Ana Paula era muito querida por familiares e amigos e tinha uma forte fé cristã. O crime ocorreu no último domingo (24/8), na avenida das Sibipirunas, no centro de Sinop, a aproximadamente 500 km de Cuiabá. A tragédia provocou grande comoção e indignação nas redes sociais.
No seu Instagram, Ana Paula compartilhava momentos de sua rotina, incluindo fotos sua enquanto se arrumava para sair ou em sua jornada de trabalho. Ela também postava vídeos, imagens de suas viagens e declarações para o namorado, que é o principal suspeito do crime. Ele teria cometido o assassinato desferindo golpes principalmente no pescoço, tronco, abdômen, tornozelos e pernas.
Ana Paula concluiu seu curso de fonoaudiologia na Universidade de Brasília em 2017 e estava cursando mestrado em Políticas Públicas e Gestão na Fundação Getúlio Vargas (FGV). Seu perfil ainda mostrava fotos de pontos turísticos de Brasília. O irmão do acusado, Lucas Franca Rodrigues, que reside em Brasília, revelou à polícia que o irmão cometeu o feminicídio após enviar fotos do corpo da vítima.
Lucas foi preso em flagrante e permanece sob custódia. No dia 20 de agosto, quatro dias antes do assassinato, Ana Paula usou as redes sociais para expressar seu amor pelo namorado: “você é o motivo pelo qual voltei a sorrir, você é a luz que ilumina a minha vida, você é a escada da minha subida, você é o amor da minha vida. Na saúde, na pobreza, na doença, nas alegrias e nas dores. O olhar mais lindo e mais sincero. Independentemente do que aconteça, estarei ao seu lado”, escreveu ela.
Detalhes do Caso
Ana Paula Abreu Carneiro foi atacada fatalmente com uma faca pelo namorado, Lucas Franca Rodrigues, no fim da tarde de domingo (24/8) na avenida das Sibipirunas, em Sinop. Conforme relato dos Bombeiros, foram desferidos cerca de 15 a 20 golpes de faca.
“A vítima apresentava múltiplas perfurações por arma branca em várias regiões do corpo, incluindo pescoço, tronco, abdômen, tornozelos e pernas”, informou o médico Murilo Vinicius.
Segundo a Polícia Civil, Lucas foi encontrado em estado de surto psicótico. Após cometer o crime, ele telefonou para a irmã da vítima para avisar sobre o ocorrido e enviou fotos do cadáver para a cunhada. Ele também compartilhou essas imagens com seu irmão, residente em Brasília, com quem confessou o feminicídio.
A irmã da vítima e o irmão do suspeito acionaram imediatamente as autoridades. Durante a prisão, Lucas resistiu e recusou-se a deitar no chão, o que requeriu o uso de armas de choque para sua contenção.