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domingo, 23/11/2025




Foi difícil finalizar a COP30, reconhece Lula

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Em Brasília

ANDRÉ FONTENELLE
JOANESBURGO, ÁFRICA DO SUL (FOLHAPRESS)

Em entrevista ao final do encontro do G20 neste domingo (23), o presidente Lula falou que as negociações finais da COP30, reunião da ONU sobre mudanças climáticas, foram muito complicadas.

Lula comentou que conversou com autoridades na África do Sul sobre o assunto e que chegou a fazer ligações durante a madrugada para Belém, cidade que sediou a conferência. A reunião do G20 aconteceu em Joanesburgo.

“Foi difícil mudar a decisão. Conversamos de madrugada com várias pessoas, como a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, o presidente do Conselho Europeu, António Costa, o presidente da França, Emmanuel Macron, e outros líderes, além de telefonar diversas vezes para o presidente da COP, André Corrêa do Lago, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, e sua ministra do Ambiente Irene Vélez. Sei que conseguimos um resultado”, contou o presidente.

O documento final da COP não exigiu a desistência gradual dos combustíveis fósseis para combater o aquecimento global, o que gerou críticas. Lula, entretanto, considerou que a reunião foi bem-sucedida.

“Aprovaram um documento único e o multilateralismo venceu na COP30, e Belém ficou linda para o povo do Pará.”

Ele destacou que o “mapa do caminho” apresentado pelo Brasil para substituir os combustíveis fósseis por energias limpas foi considerado uma vitória. Lula inicialmente tentou incluir esse plano no acordo final, mas foi rejeitado por vários países, sendo então apresentado como uma iniciativa da presidência da COP30, sem obrigação para outras nações adotarem.

“O mapa do caminho não impõe uma data. É uma conversa que deve incluir especialistas e empresas de petróleo, até que se elimine o uso dos combustíveis fósseis. O petróleo continuará tendo importância, pois não é usado só para gasolina e diesel. Sabia que seria difícil e não imaginei que a Arábia Saudita concordaria”, explicou Lula.




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