A secretária do Tesouro americano, Janet Yellen, “elogiou” em um comunicado o acordo do FMI com a Ucrânia
O Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou, nesta terça-feira, 21, ter chegado a um acordo com o governo ucraniano para um plano de ajuda no total de US$ 15,6 bilhões de dólares (cerca de R$ 82 bilhões).
O plano permitiria “sustentar a recuperação econômica gradual, enquanto são criadas as condições para um crescimento no longo prazo, em um contexto de reconstrução após o conflito [com a Rússia] e com um mapa para a adesão à União Europeia”, assinalou o FMI em nota.
O acordo será apresentado “nas próximas semanas” à diretoria do FMI para sua validação definitiva.
“Para além do terrível custo humano, a invasão russa da Ucrânia continua tendo um efeito devastador na economia: o PIB caiu 30% em 2022, grande parte do setor industrial foi devastado e a pobreza disparou”, informou na nota o chefe da missão do FMI, Gavin Gray.
Apoio contínuo à Ucrânia
Apesar destes obstáculos, o governo ucraniano conseguiu “manter a estabilidade financeira e macroeconômica, particularmente graças a um substancial apoio internacional e à implementação de políticas sensatas”, acrescentou.
A secretária do Tesouro americano, Janet Yellen, “elogiou” em um comunicado o acordo do FMI com a Ucrânia e acrescentou que, perante a Rússia, os Estados Unidos “vão continuar apoiando o governo e o povo da Ucrânia, enquanto for necessário”.
Desde 24 de fevereiro de 2022, quando a guerra começou, a Ucrânia recebeu mais de 20 bilhões de dólares (mais de R$ 100 bilhões) em forma de empréstimos ou doações por parte do Banco Mundial e mais de US$ 110 bilhões (mais de R$ 570 bilhões, aproximadamente) dos Estados Unidos, inclusive em apoio militar.
Boa parte destes recursos permitiram à Ucrânia manter funcionando os serviços públicos e pagar os salários de seus funcionários, assim como assegurar atenção aos deslocados internos.
O FMI aposta em uma recuperação econômica parcial e gradual para a Ucrânia este ano, particularmente graças à manutenção da infraestrutura essencial, como a rede elétrica, que ainda é atacada pela Rússia.