Um dia após ser confirmado como o candidato de Jair Bolsonaro pelo PL para a disputa presidencial de 2026, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) anunciou no sábado (6/12) o início das negociações políticas. Em suas redes sociais, o filho “01” do ex-presidente destacou que o primeiro pedido a todas as lideranças que se posicionam contra Lula é a aprovação da anistia ainda este ano.
“Tomada a decisão ontem, hoje começo as negociações! O primeiro gesto que eu peço a todas as lideranças políticas que se dizem anti-Lula é aprovar a anistia ainda este ano! Espero não estar sendo radical por querer anistia para inocentes. Temos só duas semanas, vamos unir a…” — escreveu o senador.
De acordo com informações da coluna de Paulo Cappelli, o ex-presidente, atualmente preso na carceragem da Polícia Federal em Brasília, comunicou a decisão a seus aliados e interlocutores próximos. Flávio afirmou que assume a missão com grande responsabilidade e destacou Jair Bolsonaro como a maior liderança política e moral do país.
“Confirmo a decisão de me conferir a missão de dar continuidade ao nosso projeto de nação”, afirmou o senador em suas redes sociais, adotando um tom crítico ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e utilizando linguagem religiosa que mobiliza parte de sua base política. Ele manifestou sua preocupação com a situação do país e confiança em Deus para guiar essa jornada.
Essa movimentação promove uma reorganização na direita política. Michelle Bolsonaro deve concorrer ao Senado pelo Distrito Federal, enquanto o vice de Flávio virá de um partido de centro. Do lado governista, setores do PT defendem a manutenção da chapa Lula-Alckmin. Também foi relatado que Tarcísio de Freitas foi informado em encontros recentes em São Paulo sobre a escolha de Flávio.
A oficialização da candidatura causou divisões imediatas à direita. Perfis bolsonaristas fiéis celebraram a indicação, mas aliados do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, demonstraram descontentamento e alguns declararam apoio a candidaturas alternativas ou até mesmo a Lula. Apesar da disputa interna, o clã Bolsonaro vê a escolha como estratégica, valorizando o perfil mais moderado e a capacidade de diálogo do senador, que deve intensificar sua agenda nacional para fortalecer sua pré-candidatura.

