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quinta-feira, 26/06/2025




Fisiculturista condenado a 20 anos por matar esposa em Goiás

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O fisiculturista Igor Porto Galvão foi sentenciado a 20 anos e 6 meses de prisão em regime fechado pelo assassinato de sua esposa, Marcela Luíse de Souza Ferreira. A decisão judicial foi tomada nesta quinta-feira (26/6) após o julgamento em júri popular.

O Tribunal do Júri de Aparecida de Goiânia (GO) classificou o crime como feminicídio, incluindo quatro agravantes: motivo fútil, método cruel, uso de forma que impediu a defesa da vítima e violência de gênero.

Detalhes do caso

Marcela faleceu em 20 de maio de 2024, dez dias após ser hospitalizada em estado grave. Segundo o Ministério Público, ela foi violentamente agredida em 10 de maio, depois de uma discussão com Igor.

O laudo do Instituto Médico Legal indicou traumatismo craniano como causa da morte. A acusação informou que o réu desferiu chutes e socos, depois tomou banho e levou a vítima inconsciente ao hospital, alegando um acidente doméstico.

Médicos suspeitaram da versão apresentada por Igor e acionaram a Polícia Civil. Testemunhas relataram que Marcela frequentemente apresentava hematomas e sinais de agressão, apontando para violência contínua no relacionamento.

Sentença judicial

O juiz Leonardo Fleury Curado Dias, que presidiu o júri, ressaltou que o crime foi agravado pela diferença física entre o acusado, professor de fisiculturismo, e a vítima.

O juiz destacou que os diversos ferimentos indicam espancamento e ressaltou que Marcela sofria violência psicológica e humilhações regulares, incluindo ameaças relativas à guarda da filha do casal.

Confissão e condenação

Durante o julgamento, a defesa tentou reduzir o crime para lesão corporal seguida de morte, mas o júri concluiu que Igor teve intenção de matar. O réu admitiu o crime, o que resultou em uma redução de seis meses na pena.

Além da condenação, o juiz ordenou que Igor continue preso em regime fechado, sem direito a recorrer em liberdade. Destacou-se o impacto da morte da vítima, que deixou uma filha menor sem apoio material e emocional.

A Justiça não estipulou indenização, deixando aberta a possibilidade de reparação em outra instância. Igor Porto Galvão está detido desde maio de 2024, quando foi presa temporariamente no início das investigações.




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