A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) destacou que o plano de apoio às empresas afetadas pelas tarifas dos Estados Unidos, apresentado pelo governo federal em 13 de julho, é apenas o começo para reduzir os danos causados por essas medidas.
A entidade enfatiza que para que o plano tenha sucesso, especialmente as pequenas e médias empresas precisam acessar rapidamente os benefícios oferecidos. O programa, chamado Plano Brasil Soberano, foi oficializado hoje em uma edição extraordinária do Diário Oficial da União.
“A Firjan reforça a importância de um diálogo contínuo entre governos e com o apoio das empresas para encontrar soluções que mantenham um ambiente favorável aos negócios e investimentos entre os países. Também defendemos a abertura de novos mercados”, afirmou a federação.
A Firjan estima que 2% das exportações do Rio de Janeiro em 2024 podem ser afetadas pelas tarifas americanas. Os setores mais impactados são Alimentos e Bebidas, Plástico, Químico, Têxtil e Pescado.
FIEMG: Medidas temporárias
A Federação das Indústrias de Minas Gerais (FIEMG) reconhece que o Plano Brasil Soberano é um esforço para minimizar prejuízos causados pelas tarifas dos EUA. No entanto, a entidade ressalta que a efetividade dependerá da rapidez na aplicação das medidas e da redução da burocracia para que os recursos cheguem ao setor produtivo.
Flávio Roscoe, presidente da FIEMG, afirma que as ações são apenas paliativas e que uma solução estruturada e diplomática é necessária.
“As medidas podem ajudar temporariamente as empresas, mas não resolvem o problema principal. É urgente que o Brasil mantenha negociações firmes com o governo dos EUA para reverter as tarifas e preservar uma relação comercial estratégica. Se não houver agilidade e regras claras, os recursos podem acabar não sendo aproveitados”, disse Flávio Roscoe.