A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) decidiu expandir sua capacidade para fabricar insumos e kits de diagnóstico destinados ao Sistema Único de Saúde (SUS), com a criação de uma nova unidade produtiva que foi oficialmente concedida à instituição nesta segunda-feira (10).
A unidade fabril pertence à empresa francesa bioMèrieux e está localizada em Jacarepaguá, na Zona Sudoeste do Rio de Janeiro. Ela será disponibilizada para uso da Fiocruz por um período inicial de dez anos.
A Fiocruz e a bioMérieux, líder mundial em produção de diagnósticos, também firmaram em junho um acordo para cooperação em pesquisa, desenvolvimento e inovação tecnológica.
A cedência da fábrica foi proposta pela bioMérieux, que está encerrando as operações na unidade como parte da reformulação de seu modelo de negócio no Brasil. Contudo, sendo uma fornecedora da saúde pública brasileira desde os anos 70 e com outros acordos firmados com a Fiocruz, a empresa optou por transferir o uso da fábrica para a fundação, em vez de fechá-la.
A Fiocruz planeja começar a operar na nova planta em março de 2026, produzindo principalmente testes rápidos.
Este espaço estará conectado ao Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz), órgão responsável pela pesquisa, desenvolvimento e fabricação de vacinas, kits de diagnóstico, biofármacos e terapias avançadas para o SUS.
Na fábrica será possível realizar todas as etapas de produção, desde o corte até o processamento final e montagem dos testes, incluindo áreas para controle de qualidade, testes de estabilidade e elaboração de painéis para avaliação externa.
Com essa expansão, a Fiocruz pretende diminuir o tempo de produção e também aumentar a autonomia do Brasil na fabricação de diagnósticos, melhorando a capacidade do país para responder rapidamente a emergências de saúde, conforme destaca o presidente da fundação, Mario Moreira.
“Este é um passo importante para aumentar a capacidade nacional de produção e inovação em diagnósticos, beneficiando a população com ferramentas confiáveis, rápidas e sustentáveis, acompanhando os avanços tecnológicos para enfrentar emergências de saúde”, afirmou Mario Moreira.
