Na tarde da sexta-feira, 7 de novembro de 2025, houve um caso de violência e abuso por parte da Polícia Civil em Taguatinga Sul. Policiais da 33ª Delegacia de Polícia de Santa Maria invadiram a garagem da casa do sargento da reserva da Polícia Militar, Adolfo Gomes, e agrediram seus dois filhos, um jovem de 28 anos e outro adolescente de 16, durante uma operação sem mandado judicial e sem flagrante.
O ocorrido começou quando o filho mais novo colocou uma bicicleta à venda pela OLX. Logo depois, ele foi contatado por uma pessoa que se passou por mulher, uma tática que, segundo Adolfo Gomes, foi usada para enganar o jovem e ganhar sua confiança.
O encontro foi marcado na casa da família, mas quem apareceu foram cinco policiais civis armados em viaturas sem identificação.
Os agentes entraram na garagem sem mandado e começaram uma abordagem violenta. Segundo o sargento, os policiais empurraram o filho mais velho contra o portão, impedindo que ele chamasse o pai. Depois, o jovem de 28 anos foi levado algemado para dentro de casa, onde também foi agredido.
Adolfo Gomes contou que os policiais não usavam distintivos ao entrar na residência, colocando-os só depois, ao perceberem o erro da ação.
Ele considera o caso um claro abuso de autoridade e invasão ilegal, mostrando falta de preparo dos agentes e falhas no controle das operações policiais.
Os policiais disseram que estavam numa operação em flagrante, mas não encontraram nenhum produto furtado. A bicicleta estava regular e era da própria família. Após perceber o engano, os policiais tentaram dar aparência oficial às viaturas para justificar a operação.
Quando Adolfo chegou, os policiais estavam se preparando para sair, tentando ainda levar o filho mais velho algemado em uma viatura. O sargento impediu isso e exigiu explicações.
Mesmo com o erro confirmado, um boletim foi registrado contra os jovens por desacato.
Adolfo Gomes levou o filho para o Instituto Médico Legal, onde foram registrados ferimentos nas mãos, braços e pescoço. Ele relata que os filhos estão muito abalados com a situação que viveram dentro da própria casa, numa abordagem que durou cerca de 30 minutos.
O sargento anunciou que vai pedir investigação à Corregedoria da Polícia Civil e ao Ministério Público do Distrito Federal para responsabilizar os envolvidos. Ele acredita que o caso mostra o desrespeito e a falta de preparo em parte das forças de segurança.
