O menino de 5 anos, filho do publicitário Diego Torres Machado de Campos, sofreu hematomas nas pernas após uma abordagem agressiva realizada por policiais da Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA) do Distrito Federal.
No momento da prisão do pai, um dos agentes fechou a porta do veículo de forma brusca, atingindo o menino que estava dentro do carro. O garoto presenciou toda a ocorrência que envolveu violência policial e abandono.
Diego Torres Machado de Campos, de 42 anos, foi detido após um acidente de trânsito com uma viatura descaracterizada da Polícia Civil, na Asa Norte. Durante a detenção, ele foi algemado e sofreu agressões, enquanto seu filho ficou sozinho na rua, sendo acolhido posteriormente por pessoas que testemunharam o ocorrido.
Conforme relato da mãe da criança, a jornalista Gabriella Furquim, o menino ainda demonstra sinais de trauma após o episódio, mostrando-se receoso e preferindo não ficar sozinho. Ela critica a postura dos policiais, que deveriam ter protegido a criança, mas não ofereceram o suporte devido.
Um vídeo gravado por testemunhas mostra o momento em que Diego é agredido pelos agentes, mesmo sem resistir. O garoto, conhecido como Tito, chora dentro do carro enquanto a porta é fechada em suas pernas.
“Depois disso, o pai do Tito foi imobilizado no chão, com um joelho pressionado em suas costas. Contrariando o que foi informado pela polícia, não foi prestado nenhum apoio para a criança”, comenta Gabriella.
Diego narra que a situação teve início após ser surpreendido por um veículo preto, que o obrigou a frear bruscamente. O carro, uma viatura fora de serviço, passou a persegui-lo e tentou forçá-lo para fora da pista até ser abordado.
Na tentativa de procurar um local seguro, Diego dirigiu até a comercial da 112 Norte, onde foi novamente interceptado. Foi nesse momento que os agentes o algemaram, apesar de seus pedidos para que cuidassem do filho.
Diego foi levado para a Delegacia da Criança e do Adolescente e depois para a 5ª Delegacia de Polícia, onde foi registrado por acidente de trânsito, danos e evasão de local. Inclusive, realizou exame de corpo de delito que constatou hematomas e escoriações.
O automóvel foi apreendido para perícia e o publicitário descreve a abordagem como um abuso, sentindo medo apesar de não ter resistido.