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terça-feira, 17/06/2025




Filho de Gilson Machado critica prisão do pai e chama Moraes de ditador

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Gilson Filho, vereador do Recife e filho do ex-ministro do Turismo Gilson Machado, repudiou na última segunda-feira, 16, a detenção temporária de seu pai, que havia sido decretada na sexta, 13, e anulada no mesmo dia pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Durante uma sessão na Câmara municipal, o vereador jogou uma Constituição no chão e classificou Moraes como ‘ditador do Brasil’.

Gilson Machado foi preso preventivamente sob suspeita de tentar obter passaporte português para ajudar o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, a deixar o país.

No mesmo dia, Moraes revogou a prisão, justificando que as evidências obtidas pela Polícia Federal tornaram a prisão desnecessária, recomendando medidas cautelares como a proibição de sair do país e contato com outros investigados.

No plenário, Gilson Filho defendeu que seu pai é alvo de perseguição política, alegando injustiça: ‘Meu pai foi preso sem motivo. Mauro Cid mentiu no tribunal e agora Moraes quer incriminar aliados de Bolsonaro’.

Além disso, ele mostrou uma foto do pai com o ex-presidente dos EUA Donald Trump para reforçar que Gilson Machado possui prestígio internacional. O vereador também relatou tristeza pela situação familiar, ressaltando que o avô doente e viúvo também sofre com essa prisão.

Gilson Filho afirmou seu objetivo de eleger Gilson Machado senador em 2026 e combater as atitudes do STF.

Uma investigação sigilosa no STF apura a possível tentativa de Gilson Machado em facilitar um passaporte português para Mauro Cid. O ex-ministro nega as denúncias e afirma que o contato com o consulado português foi apenas para renovar seu próprio passaporte.

Em depoimento, Gilson Machado negou que tenha ajudado o tenente-coronel e afirmou que o último contato com ele foi em 2022. Já Mauro Cid declarou não ter planejado fuga.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) indicou a possibilidade de crimes como favorecimento pessoal e obstrução de investigação relacionados a organização criminosa, ressaltando que a tentativa de fuga coincidiria com a etapa final do julgamento relacionado ao golpe.

A PF monitorou Gilson Machado desde que ele organizou uma campanha para financiar despesas do presidente Bolsonaro. Uma das razões para a investigação foi a saída recente de familiares de Mauro Cid do Brasil com passagens de retorno confirmadas.

Mauro Cid fez um acordo de colaboração e está obrigado a relatar todos os crimes que conhece, em troca de condições mais brandas, sujeitas a cancelamento caso tente obstruir a justiça ou fugir.




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