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terça-feira, 23/09/2025

Figueiredo minimiza elogios de Trump a Lula: Ele é realmente um gênio

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O blogueiro Paulo Figueiredo, que está nos EUA, acompanhando o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) em negociações sobre sanções ao Brasil, avaliou com cautela os elogios feitos pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT), durante seu discurso na Assembleia-Geral da ONU nesta terça-feira (23/9).

Trump mencionou que conversou rapidamente com Lula e destacou uma ótima sintonia entre eles, dizendo gostar dele e preferir negociar com pessoas de quem gosta.

Para Figueiredo, porém, tais elogios parecem ser uma tática para forçar o petista a sentar à mesa de negociações, deixando-o em uma posição difícil.

Ele analisou: “Trump é realmente um estrategista. Ele expõe a situação política brasileira e a interferência dos EUA na ONU, depois elogia Lula e o chama para diálogo, acrescentando que o Brasil só melhorará se estiver alinhado aos EUA. Isso coloca o presidente brasileiro numa situação complicada, pois terá de negociar realidades difíceis e aceitar termos que talvez não possa cumprir. Já ficou claro que a anistia será ampla, geral e irrestrita?”

Figueiredo direcionou uma mensagem para “aqueles que não compreendem as negociações: ao avaliar se os elogios foram positivos para Lula, considerem as limitações reais em sua nova situação política”.

Em seu discurso, Trump afirmou ter cumprimentado Lula e acertado um encontro para a semana seguinte. “Ao chegar, encontrei o líder do Brasil e nos abraçamos, o que surpreendeu a todos. Combinamos nos reunir novamente em breve, mesmo com pouco tempo para conversar”, disse.

Para Figueiredo, Lula precisa retornar desse encontro com ganhos concretos e estará diante de fatos firmes compartilhados diretamente por Trump.

Ele afirmou: “[Lula] terá que garantir ao presidente dos EUA que o Judiciário brasileiro é independente, que o governo Bolsonaro representou uma ameaça à democracia, e que houve tentativas de golpe em 8 de janeiro. No entanto, essas mesmas acusações foram usadas contra Trump por anos. Como ele explicará isso? Vai dizer que, se Trump estivesse no Brasil, também teria sido preso? Que o próprio Trump seria uma ameaça comparável ao nazismo? Quando alegar incapacidade para agir, será cobrado com relação ao projeto de anistia. O resultado é que Lula terminará o dia em uma situação política muito mais frágil do que a que começou.”

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