O último fim de semana trouxe experiências variadas para os moradores do Distrito Federal durante o Festival Maria Maria, realizado na Rua do Lazer, em Águas Claras. Lorraine Macedo, 56 anos, administradora e artista de Taguatinga Norte, resumiu bem o evento: “Este festival é fundamental pois conecta várias áreas: emprego, saúde, gastronomia, lazer e música. Eventos assim precisam acontecer com mais frequência, pois auxiliam mulheres, pessoas LGBTQIAP+ e outras em situações de vulnerabilidade a encontrar oportunidades e se desenvolver”.
Organizado pela Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF), em colaboração com a artista e agente cultural Carol Guimarães e a Mauka Projetos Culturais, o evento teve apoio do Fundo de Apoio à Cultura (FAC-DF) e atraiu mais de 500 participantes nos dois dias de programação.
A programação mesclou apresentações culturais e atividades inclusivas com serviços gratuitos. O público aproveitou os shows de artistas locais como Flor Furacão, Anna Moura e Alhocca, além de feiras de empreendedores, orientação profissional, elaboração de currículos, atendimento jurídico, exames de saúde, palestras, oficinas, aulas de defesa pessoal e ações focadas na saúde mental.
A psicóloga Monalisa Gomes, 41 anos, do Lago Norte, destacou o sucesso do festival: “Achei o evento muito completo e além da música. Tem saúde, lazer, gastronomia, arte e serviços importantes, com foco principal em mulheres e comunidade LGBTQIAP+, que ainda enfrenta muitos desafios. É um espaço inclusivo e essencial”.
Um dos momentos de maior destaque foi a aula prática de defesa pessoal, ministrada por instrutores da Academia Newhit, do Guará II, que ensinou técnicas de proteção para mulheres e pessoas LGBTQIAP+. O evento também homenageou a ativista Rosely Roth, símbolo da luta pelos direitos LGBTQIAPN+ no Brasil, presente nas divulgações e nos intervalos das apresentações.
A secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, ressaltou a relevância do Maria Maria como espaço de diversidade e fortalecimento: “Nossa missão é construir uma sociedade mais justa, plural e acolhedora. Eventos como este provam que é possível unir cultura, cidadania e empoderamento”.
O festival contou ainda com o apoio de empresas e líderes culturais, como a empresária Bernardeth Martins, CEO do Grupo Cirandinha e fundadora do Brasília Trends Fashion Week. Ela destacou: “É inspirador ter eventos que reforçam a necessidade de um mundo inclusivo. A moda também deve ser diversa e acessível, e o Maria Maria representa isso com grande força”.
Entre os parceiros institucionais e sociais estavam o Conselho de Desenvolvimento Econômico, Sustentável e Estratégico do DF (Codese-DF), a Rede Interdisciplinar de Excelência do DF (Riex-DF), o Fashion Campus, a Defensoria Pública do DF, a Superintendência do Trabalho do DF, o Instituto Procip e a Associação Jurídica e Social (Ajus).
O Maria Maria se afirmou como um festival que une cultura, cidadania, inclusão e lazer, criando oportunidades e fortalecer a diversidade no Distrito Federal.
Informações fornecidas pela Sejus-DF