O Festival Consciência Negra no Distrito Federal reuniu cerca de 50 mil pessoas no primeiro dia na área externa do Museu Nacional, destacando-se como um importante evento de celebração, cultura e afirmação da identidade negra na capital.
Organizado pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal em parceria com o Instituto Janelas da Arte e com apoio da Secretaria de Justiça, houve uma programação intensa com música, cortejos e apresentações culturais em dois palcos.
Segundo Claudio Abrantes, titular da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, o festival é um movimento de valorização, memória e reconhecimento da cultura afro-brasileira, reforçando o compromisso de combater o racismo diariamente.
Desde cedo, o público participou de várias atividades, com destaque para a roda de capoeira com o Mestre Cobra, que atraiu muita energia e participação.
O Espaço Kids recebeu famílias com contação de histórias e oficinas lúdicas, enquanto a exposição temática despertou grande interesse entre os visitantes.
No Espaço da Beleza, Paola Olívio e equipe ofereceram penteados afro e oficinas de turbantes gratuitamente, atraindo muitos participantes.
Na Tenda Muntu, o painel Mulheres Negras e a Educação que Liberta reuniu estudantes e professores para debater temas sobre educação, igualdade e experiências cotidianas, com mediação de Keilla Vila Flor e com a participação de Mariana Regis, Gina Vieira Ponte e Flávia Santos.
Nas arenas musicais, a programação começou com o ritual do Afoxé Ogum Pá conduzido pela Yalorixá Mãe Dora de Oya. Artistas como Daniel Beira Rio, Cida Avelar, Ballroom e Isa Marques animaram o público.
A Arena Lydia Garcia contou com apresentações locais de Laady Bi e Ju Moreno, preparando a audiência para a performance da Ludmilla, que lançou a música inédita “Dopamina”, seguida por Alexandre Pires com sucessos de sua carreira, incluindo o tempo do Só Pra Contrariar.
Além disso, a feira de produtos criativos e a praça de alimentação movimentaram o local, reunindo empreendedores, artesãos e chefs focados na culinária de matriz africana.
A programação do festival prossegue com exposições, oficinas para crianças, atividades gastronômicas e debates sobre identidade e estética negra. Entre os artistas que irão se apresentar estão Israel Paixão, Os Pacificadores, Uel, Timbalada, Mumuzinho, Margaridas, Martinha do Côco e o rapper GOG. O evento é gratuito e acontece até sábado.
