O Festival Taguatinga Plural reuniu estudantes de 34 escolas do Distrito Federal, desde a educação infantil até o ensino médio, no Alameda Shopping, para mostrar os trabalhos realizados no projeto. Criado em 2021 pela professora Janaína Almeida, o projeto promove ações educativas para refletir sobre o antirracismo e valorizar as contribuições das culturas indígena e africana na formação da sociedade brasileira.
Durante três dias, de 5 a 7 de novembro, o shopping virou um espaço de celebração cultural com pinturas, esculturas, trabalhos manuais, apresentações artísticas e shows musicais com a participação de alunos de diferentes séries.
O festival, que antes se chamava Cidade Cor, recebeu nesta edição o Selo Petronilha Beatriz Gonçalves e Silva, que reconhece redes de ensino que promovem políticas educacionais para a equidade racial e quilombola. Segundo o coordenador do Taguatinga Plural, professor André Lúcio Bento, o projeto também foi financiado pelo Programa de Descentralização Administrativa e Financeira (Pdaf), da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF).
André explica que o festival tem como objetivo ampliar o debate sobre diversidade e resgatar a forma como as escolas tratam a história dos povos indígenas e africanos. “Ao contrário de antes, hoje crianças e jovens podem discutir temas que eram pouco abordados ou tratados de forma errada. O projeto busca valorizar os povos que ajudaram a formar a identidade brasileira, promovendo um ensino mais justo e profundo sobre esses assuntos na sala de aula”, comenta.
Até 2023, o projeto focava apenas na luta contra o racismo e acontecia em uma escola participante. Com o aumento da adesão das redes de ensino, o Taguatinga Plural virou um festival aberto ao público, levando para fora das escolas as produções dos alunos.
Além disso, o festival passou a incluir temas sobre a cultura e a história indígena e quilombola, dando liberdade às escolas para explorar diferentes tribos e etnias, ampliando as formas de ensino. “Isso fortalece o trabalho dos professores e ajuda os estudantes a conhecer e valorizar a diversidade que existe na nossa sociedade”, destaca André Lúcio Bento.
Com informações da Secretaria de Educação (SEEDF)
