O Departamento Federal de Investigação (FBI) dos Estados Unidos está conduzindo buscas no escritório e na residência do ex-assessor e ex-conselheiro de Segurança Nacional de Donald Trump, John Bolton, nesta sexta-feira (22/8). Bolton deixou o cargo durante o primeiro mandato de Trump, em 2019, e desde então tem sido um crítico frequente do ex-presidente.
Conforme reportado pela CBS News, a ação está vinculada a uma investigação sobre o possível manuseio inadequado de documentos secretos. Porém, ainda não está claro o motivo da investigação ter sido iniciada seis anos após Bolton ter saído da Casa Branca.
Em 2020, Bolton publicou um livro intitulado “The Room Where It Happened” (A Sala Onde Aconteceu), no qual narra sua experiência como conselheiro de segurança nacional, com foco especial nas políticas externas dos EUA e negociações envolvendo a Coreia do Norte. O livro é conhecido por revelar críticas severas ao comportamento de Trump e exposições das tensões internas na administração.
Naquela época, o Departamento de Justiça abriu uma investigação criminal para apurar se Bolton teria divulgado informações confidenciais sem concluir o processo de revisão exigido antes da publicação.
A investigação, que fazia acusações de risco à segurança nacional e divulgação não autorizada de informações sigilosas, foi arquivada durante a presidência de Joe Biden.
Trump informou à imprensa que tomou conhecimento das buscas na casa de Bolton apenas ao vê-las na televisão. Ele qualificou o ex-assessor como “pouco inteligente” e afirmou que “vamos descobrir” se ele é alguém “muito antipatriótico”.
Representantes do Departamento de Justiça não emitiram comentários imediatos. Contudo, o diretor do FBI, Kash Patel, aliado de Trump, publicou em redes sociais: “NINGUÉM está acima da lei… agentes do FBI agem em cumprimento da missão.”
A Procuradora-Geral dos EUA, Pam Bondi, compartilhou a mensagem de Patel e acrescentou: “A segurança dos Estados Unidos é inegociável. A justiça será perseguida. Sempre.”
Até o momento da publicação desta reportagem, Bolton não foi formalmente acusado de qualquer infração.