A Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda (SPE) informou que o Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre confirma a previsão de uma desaceleração na economia e aponta para o fechamento do hiato do produto a partir da segunda metade do ano. De acordo com a nota da SPE, a previsão de crescimento da economia para 2025 é de aproximadamente 2,2%, com uma leve tendência de alta.
“O dado acumulado até o terceiro trimestre já mostra um crescimento de 2,2%, semelhante à expectativa inicial para o ano. Ainda se espera um crescimento positivo no último trimestre, impulsionado principalmente por uma melhora nos serviços”, destaca a nota divulgada no dia 4 de julho.
Mais cedo, o secretário de Política Econômica, Guilherme Mello, afirmou ao Broadcast (serviço de notícias do Grupo Estado) que o desempenho do PIB no terceiro trimestre indica uma desaceleração da atividade econômica conforme previsto, mantendo a previsão de crescimento entre 2,2% e 2,3% para todo o ano de 2025.
O IBGE divulgou que o PIB brasileiro cresceu 0,1% no terceiro trimestre em comparação ao segundo, número ligeiramente inferior às expectativas do mercado e da SPE, que previam um crescimento entre 0,2% e 0,3%.
A SPE também destacou que as revisões feitas pelo IBGE elevaram o PIB do primeiro semestre, reforçando a tendência de desaceleração da economia, mas sem alterar a expectativa de recuperação e fechamento do hiato a partir do segundo semestre de 2025.
Aberturas setoriais
No comparativo anual, que aponta crescimento de 1,8%, a SPE observou um ritmo mais fraco de aumento no consumo das famílias, que passou de 1,8% para 0,4%. Essa desaceleração é explicada pela queda no consumo de bens duráveis, semiduráveis e não duráveis, além da redução nos serviços. Segundo a secretaria, isso se deve ao enfraquecimento do mercado de trabalho e das condições de crédito influenciadas pela política monetária mais restritiva.
O setor agropecuário marcou um crescimento menor, passando de 11,5% para 10,1%, ainda forte devido ao aumento na produção de milho, laranja, algodão e trigo, além do abate de bovinos. Já a indústria acelerou seu ritmo de crescimento de 1,1% para 1,7%, impulsionada principalmente pela indústria extrativa e construção, apesar de quedas na indústria de transformação e no setor de geração de eletricidade e gás, por conta do acionamento de termelétricas.
Estadão Conteúdo.

