O Ministério da Fazenda anunciou uma redução na previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil para o ano de 2025, ajustando de 2,5% para 2,3%. Para o próximo ano, a expectativa permanece em 2,4%, conforme divulgado pela Secretaria de Política Econômica (SPE) no Boletim Macrofiscal.
A SPE destacou que no segundo trimestre houve uma desaceleração nas atividades econômicas e um impacto negativo do consumo interno no crescimento. Além disso, o ritmo de concessão de crédito diminuiu devido ao aumento das taxas de juros e da inadimplência.
Mesmo com a taxa de desemprego em níveis historicamente baixos, já há sinais de que o crescimento da renda real está desacelerando, segundo a secretaria.
A redução na previsão para 2025 foi motivada pelos resultados fracos do PIB no segundo trimestre, que ficaram abaixo das expectativas de julho. Este impacto está relacionado às políticas monetárias que influenciam o crédito e a atividade econômica, além das tarifas adicionais aplicadas pelos Estados Unidos às exportações brasileiras e as medidas do plano governamental Plano Brasil Soberano para mitigar esses efeitos.
Apesar da revisão para baixo, as previsões da SPE ainda são mais otimistas do que as medianas apresentadas no relatório Focus, que estimam crescimento de 2,16% para 2025 e 1,85% para 2026.
De acordo com a SPE, a partir de 2027, a economia deve crescer em um ritmo próximo a 2,6%, impulsionada pela reforma tributária no consumo e iniciativas para uma economia sustentável, como a taxonomia para mercados verdes e o mercado de carbono.
Estadão Conteúdo