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quarta-feira, 05/11/2025




Fávaro quer adiar plano agrícola para depois da COP30

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Carlos Fávaro, ministro da Agricultura, informou que irá pedir ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que a apresentação do Plano Setorial de Agricultura e Pecuária, parte do Plano Clima, seja adiada para depois da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30). Segundo ele, o assunto é complexo e precisa de mais tempo para discussão.

Na última segunda-feira, Fávaro mencionou que tanto o Ministério da Agricultura quanto o do Meio Ambiente tinham concordado em suspender o debate do plano até depois da COP30. No entanto, o Ministério do Meio Ambiente ainda não confirmou esse adiamento. Mesmo assim, o ministro acredita que a apresentação será postergada para garantir mais tempo para análise, devido às diferenças de opinião dentro do governo.

O Plano Clima é uma política pública que busca traçar estratégias para reduzir as emissões de gases que causam o efeito estufa. Há um conflito interno no governo sobre o plano específico para a agricultura por causa de como as emissões são distribuídas entre os setores.

Inicialmente, o Ministério do Meio Ambiente propôs que as emissões relacionadas ao desmatamento em propriedades rurais, áreas quilombolas e assentamentos fossem contadas como emissões do setor agropecuário. Isso faria com que a agropecuária se tornasse o principal emissor de gases poluentes no Brasil, com 70% das emissões, o que gerou críticas do agronegócio. Esse setor pediu que o plano fosse revisto e sua apresentação, adiada, pedido que recebeu apoio do Ministério da Agricultura. O argumento é que a responsabilidade pelo desmatamento é do governo e que as emissões de combustíveis fósseis também foram atribuídas ao setor agrícola.

Carlos Fávaro sugeriu incluir no plano um capítulo específico para tratar das emissões causadas pelo desmatamento, considerando-as como parte da transformação do solo. Ele defendeu que atividades legais feitas pela agricultura brasileira não devem ser tratadas como problemas ambientais, evitando que o setor seja responsabilizado por ações que cumprem as leis.

Estadão Conteúdo




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