Por Madu Toledo
Supervisão de Luiz Claudio Ferreira
Receber o diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA) deveria ser o começo de um caminho de apoio para as famílias.
Contudo, para muitos que dependem do Sistema Único de Saúde (SUS), ele representa o início de uma luta difícil contra a burocracia, falta de vagas e o preconceito.
No documentário-reportagem “Outros Espectros”, mães brasilienses como Cristiane Gonçalves, 30 anos, e Giovana Alves, 23 anos, compartilham as dificuldades para garantir o tratamento dos filhos, ambos diagnosticados com autismo nível dois de suporte.
Elas mencionam a demora para acessar centros especializados, o medo constante de perder o suporte do SUS e os obstáculos logísticos e financeiros para quem vive fora do centro de Brasília conseguir atendimento.
O filme também fala da falta de um levantamento nacional que mostre quantas pessoas com autismo existem no Brasil, onde moram, se receberam tratamento adequado e quais são as principais necessidades das famílias.
A reportagem, que faz parte de um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), revela ainda que a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), ao ser questionada por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI), informou que não possui dados consolidados sobre diagnósticos de autismo realizados pelo SUS na capital entre 2021 e 2024, incluindo gênero, idade e local de atendimento.