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sábado, 20/12/2025

Familiares de Peixão são presos ao tentar fugir para a Bolívia

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SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS)

A Polícia Rodoviária Federal prendeu a esposa, três filhos e um sobrinho de Álvaro Malaquias Santa Rosa, conhecido como Peixão, em uma rodovia perto de Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Eles estavam tentando atravessar para a Bolívia junto com o líder do TCP, que conseguiu escapar antes da abordagem.

A PRF havia recebido uma denúncia da Polícia Civil do Rio de Janeiro para interceptar dois veículos que seguiam para Corumbá, cidade próxima à fronteira com a Bolívia. Esses veículos transportavam familiares de Peixão, que estavam sendo monitorados desde o Rio de Janeiro.

Segundo a denúncia, Peixão estaria em um dos carros, mas conseguiu fugir antes da chegada dos policiais. Nos veículos foram encontrados a esposa, três filhos e um sobrinho dele, que foi quem afirmou ser o dono das joias encontradas durante a revista. Estes parentes de Peixão foram detidos suspeitos de lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa.

Os motoristas dos veículos disseram à PRF que foram contratados por uma pessoa que vive na Bolívia. Eles tinham viajado de avião até o Rio de Janeiro, onde passaram a noite antes de seguir para Mato Grosso do Sul.

Quem é Peixão, do TCP

Álvaro Malaquias Santa Rosa, o Peixão, é um dos criminosos mais procurados no Rio de Janeiro. Contra ele existem sete mandados de prisão por crimes como tráfico de drogas, associação para o tráfico, homicídio e ocultação de cadáver.

Peixão é considerado o chefe do tráfico em várias favelas, incluindo Parada de Lucas, Vigário Geral e Cidade Alta. Ele é acusado de trazer drogas de outros países, como Paraguai, Colômbia e Venezuela, utilizando uma rede de contatos internacionais.

Apesar de ser evangélico e transmitir orações pela rádio, sua vida religiosa é envolta em mistério, pois embora se diga que ele é pastor, nenhuma denominação confirma isso.

Peixão também construiu uma espécie de resort de luxo no Complexo de Israel, no Rio de Janeiro, em uma área ambientalmente protegida, usando dinheiro obtido de forma ilegal. O local conta com um lago artificial, academia e piscina, e era um ponto de encontro da facção.

Além disso, ele foi acusado de promover ataques contra outras religiões, principalmente católicas e de matriz africana, chegando a espalhar rumores para que igrejas católicas fechassem temporariamente e expulsar moradores de terreiros.

Nos últimos anos, Peixão expandiu sua influência sobre áreas tradicionalmente controladas pelo Comando Vermelho, consolidando seu domínio em diversos bairros da zona norte do Rio de Janeiro.

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