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domingo, 31/08/2025

família protesta no mp duas semanas após morte de preso na papuda

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Em Brasília

Por Ana Tominaga
Agência de Notícias do CEUB

Há duas semanas, Cleiciano das Neves Dantas, de 22 anos, faleceu no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília (DF). Até agora, seus familiares e amigos não receberam explicações oficiais sobre como ocorreu sua morte.

Nesta terça-feira (15), às 14h, parentes e amigos se reunirão em frente ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). Eles querem justiça e querem chamar atenção para as condições do sistema prisional na capital.

Entenda o caso

Segundo o guia de sepultamento, Cleiciano morreu em 30 de junho, por choque hipovolêmico, hemorragia dentro do abdômen e rompimento de um hematoma no baço. Essas causas deixaram a família cheia de dúvidas.

O caso está sendo investigado em um Procedimento de Investigação Preliminar (PIP), acompanhado pelo advogado da família.

Débora Balbino Soares da Silva, companheira de Cleiciano há cinco anos e mãe dos dois filhos do casal, diz que ainda não conseguiu superar a dor da perda, pois tem se dedicado a organizar a mobilização e a acompanhar o caso junto a órgãos públicos, como a Defensoria Pública e a Comissão de Direitos Humanos da Câmara Legislativa.

“Estou muito cansada. Ainda não consegui aceitar a perda. À noite, quando estou sozinha, choro muito”, conta Débora.

O protesto, organizado pelo grupo Justiça por Cleiciano, também reúne familiares de outros detentos que morreram ou sofreram maus-tratos na Papuda.

Mais de 130 pessoas confirmaram presença no ato, que tem como objetivo chamar atenção para denúncias de violência e negligência no sistema prisional.

Os organizadores pedem que os participantes usem roupas pretas, em sinal de luto e resistência, e levem cartazes com a palavra “Justiça”, para pedir respostas e mudanças no sistema. Para Débora, essa é uma luta de todos.

“Não é só pelo Cleiciano. Outras famílias passaram pela mesma dor. Sempre ouvimos as mesmas histórias: ‘passou mal e morreu’ ou ‘se suicidou’. Queremos melhorias nas condições dos presos, mais transparência e respeito para as famílias”.

Supervisão de Luiz Claudio Ferreira

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